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ENCRENCA. Operação Zelotes coloca o “Grupo RBS” como suspeito de pagar uma propina de R$ 15 milhões

As investigações são conduzidas por força-tarefa. Polícia Federal entre os integrantes
As investigações são conduzidas por força-tarefa. Polícia Federal entre os integrantes

“A RBS desconhece a investigação e nega qualquer irregularidade em suas relações com a Receita Federal”. Adicionalmente, a empresa transmite a todos os seus colaboradores a sua total tranquilidade quanto à lisura e à transparência dos procedimentos junto ao Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf), bem como em todos os seus atos externos e internos em todas as áreas.”

O parágrafo acima faz parte de uma nota tornada pública e divulgada pelo Grupo RBS aos seus funcionários, na manhã deste sábado. E, sem qualquer outra conotação, é bastante semelhante a outras notas divulgadas por outros grupos em algum momento investigados por operações contra a corrupção no Brasil. E que, diga-se, faz parte da defesa de um acusado e precisa ser respeitada. Afinal, presume-se sempre a inocência, e não a culpa – procedimento lamentavelmente nem sempre seguido pelos grandes grupos de mídia, como a RBS, o maior do seu ramo, no Sul do País.

Dito isto, ao fato, que está muito bem relatado em material produzido e publicado pelo jornal eletrônico Sul21, com informações do jornal O Estado de São Paulo (que trouxe a notícia primária) e da Agência Brasil. A reportagem é de Marco Weissheimer, com foto da ABr. A seguir, um trecho e, lá embaixo, também o linque para a nota do Grupo RBS:

RBS e Gerdau entre investigados por suspeita de pagamento de propina e sonegação fiscal

O Grupo RBS, a Gerdau, os bancos Bradesco, Santander, Safra, Pontual e Bank Boston, as montadoras Ford e Mitsubishi e um grupo de outras grandes empresas estão sendo investigados pela suspeita de pagamento de propina a integrantes do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (CARF), para anular multas tributárias milionárias. A revelação foi feita neste sábado pelo jornal O Estado de São Paulo em uma matéria sobre as investigações em curso na Operação Zelotes, desencadeada na última quinta-feira (28) por diversos órgãos federais para desbaratar um esquema de fraudes tributárias envolvendo grandes empresas brasileiras e multinacionais. As investigações são conduzidas por uma força-tarefa formada pela Receita Federal, Polícia Federal, Ministério Público Federal e Corregedoria do Ministério da Fazenda.

Entre os crimes investigados na Zelotes, estão advocacia administrativa, tráfico de influência, corrupção, associação criminosa e lavagem de dinheiro. Segundo nota divulgada pelo Ministério da Fazenda, “o esquema envolveria a contratação de empresas de consultoria que, mediante trânsito facilitado junto ao CARF, conseguiam controlar o resultado do julgamento de forma a favorecer o contribuinte autuado. Constatou-se que muitas dessas consultorias tinham como sócios conselheiros ou ex-conselheiros do CARF”. “O termo ZELOTES, que empresta nome à Operação”, dsse ainda a Fazenda, “tem como significado o falso zelo ou cuidado fingido. Refere-se a alguns conselheiros julgadores do CARF que não viriam atuando com o zelo e a imparcialidade necessárias”…

Investigadores suspeitam que RBS pagou R$ 15 milhões de propina

Os casos que estão sob investigação da força-tarefa da Operação Zelotes teriam ocorrido entre os anos de 2005 e 2015. A investigação, iniciada no fim de 2013, analisou o comportamento de conselheiros do CARF e de escritórios de advocacia suspeitos de operar dentro do conselho e de terem causado prejuízos estimados em quase R$ 6 bilhões aos cofres públicos. Já foram examinados 70 processos em andamento ou já encerrados no Conselho. Ainda segundo o jornal O Estado de São Paulo, os investigadores suspeitam que a RBS teriam efetuado o pagamento de R$ 15 milhões de reais para fazer desaparecer um débito de mais de R$ 150 milhões de reais. No total, diz também a reportagem, as investigações se concentram em débitos da RBS que chegam a R$ 672 milhões.

O Grupo RBS divulgou nota oficial neste sábado dizendo que desconhece a investigação da Operação Zelotes e negando qualquer irregularidade em suas relações com a Receita Federal. “A RBS não foi procurada para fornecer qualquer informação sobre a suposta investigação e confia na atuação das instituições responsáveis pela apuração para o devido esclarecimento dos fatos, que, como sempre, seguirão tendo cobertura normal de nossos veículos”, afirma a nota publicada na página institucional do grupo. A empresa também transmitiu “a todos os seus colaboradores a sua total tranquilidade quanto à lisura e à transparência dos procedimentos junto ao Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf), bem como em todos os seus atos externos e internos em todas as áreas…”

PARA LER A ÍNTEGRA, CLIQUE AQUI.

CONFIRA A NOTA DO GRUPO RBS, AQUI.

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5 Comentários

  1. como diz um dito popular:pimenta nos olhos dos outros é colírio,mas nos seus arde. assim sendo quando os corruptos são da própria midia eles se omitem de divulgar,mas quando são os outros eles berram aos quatro ventos os erros,mesmo quando estes não foram comprovados.bem como dizem,dois pesos,duas medidas!

  2. Aqui em Sc a RBS definitivamente é governo. Qualquer governo. De forma parcial fica ao lado do Governo e faz comentarios prol governo. não existe uma imprensa critica em Sc. Nós do Magisterio catarinense sentimos na pele o quanto essa Media nos prejudica e o quanto a sociedade de Sc fica sem a informação verdadeira. Em tempo a Justiça está vindo. Seria essa justiça obra da providencia divina, ou esse Pais está de fato mudando?

  3. Dois Pesos… e quantas medidas?
    Com a notícia divulgada referente a investigação que está sendo feita por uma força-tarefa formada pela Receita Federal, Polícia Federal, Ministério Público Federal e Corregedoria do Ministério da Fazenda, ( de acordo com o jornal o Estado de São Paulo ),referente a pagamento de propina e sonegação por parte de grandes empresas do país dentre eles, o grupo RBS, NÃO VI até o momento, este grupo, através dos seus diversos veículos de comunicação, dar espaço e vazão a esta notícia, da mesma forma com que procede com as demais denúncias relacionadas em especial, relacionadas ao
    hierario público ou seja… ao nosso bolso.
    Serão dois pesos e outras medidas?
    Como ficam os seus jornalísticas que trabalham com a informação, sendo o seu patrão/contratante, agora motivo de denúncia envolvendo uma propina de 15 milhões para livrar a empresa de um débito de 150 milhões de reais tendo ainda sob investigação, débitos na ordem de 672 milhões de reais?
    E os veículos de comunicação em especial de santa maria, terão isenção ( e falta de medo ) de divulgar esta matéria e com a mesma intensidade que o grupo RBS faz com os outros?
    Na prática, temos uma imprensa comprometida e que faz sim uma verdadeira (( lavagem )) cerebral na cabeça das pessoas que simplesmente não pensam.

  4. No caso das empresas citadas, especialmente a RBS, pra mim o princípio que vale é o da presunção da culpa.
    Se tiver que pagar o que deve, fecha a boca, digo, as portas.
    Bela notícia, pra alegrar o final de semana.

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