Lá. E cá. Jogo duro contra o álcool. No Brasil. Já na boca do monte, sobra demagogia
O diabo é o realismo acima da realidade. Enquanto o governo federal não teme perder dinheiro de imposto e até afronta publicitários e veículos de comunicação, os edis (a opinião do prefeito ainda é desconhecida) santa-marienses fazem demagogia e, na contramão, fazem demagogia com o sossego público e fomentam a esbórnia.
Nesta quarta-feira, foi lançada a Política Nacional sobre Álcool. Uma de suas medidas, a ser avaliada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária, organismo que deverá aprová-la, limita a publicidade de bebidas alcoólicas nos veículos de comunicação.
Na terça-feira, os gloriosos e sempre interessados na população vereadores de Santa Maria, unanimemente liberaram o álcool (ou alguém acha que só se vende refrigerante nos treileres de lanches rápidos?) a qualquer hora da madrugada.
Lá, o governo (e as autoridades sanitárias, a começar pelo médico José Temporão, ministro da Saúde) busca restringir as bebidas alcoólicas, sabidamente um instrumento rapidíssimo para se provocar acidentes de trânsito (e mortes), além das óbvias consequências, em si mesmo, do alcoolismo.
Aqui, na prática, os vereadores se tornam cúmplices dos acidentes de trânsito provocado pelos rachas, normalmente feito por alcoolizados. Tudo em nome de uma suposta (e demagógica) defesa do direito de trabalhar como se os funcionários desse tipo de estabelecimento tivessem algum tipo de direito trabalhista.
A conclusão é tua, leitor. Quem está certo: os que defendem a saúde pública, ou os que a desconsideram? É simples assim, penso.
SUGESTÕES DE LEITURA – confira a reportagem Lula assina decreto que limita propaganda de álcool, assinada por Jéferson Ribeiro e publicada pelo portal Terra.
Releia aqui o que escrevi na manhã de ontem, na nota Demagogia. Edis aprovam projeto com toda cara de inconstitucional. E por unanimidade.
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