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Só quem vende alimento, jóias e ótica ainda pode comemorar

O termômetro de vendas, elaborado pela diretoria técnica da Câmara de Dirigentes Lojistas de Santa Maria (CDL), não é muito generoso para a maioria dos setores pesquisados. Vestuário, Ferragens e Material de Construção, Eletromóveis e Veículos e Peças, na relação de vendas entre novembro de 2005 e igual período de 2004, apresentaram crescimento médio ponderado negativo.

Em contrapartida, o grupo de empresas da área de Alimentação, como também de Jóias e Ótica, têm o que festejar. Afinal, já com os índices deflacionados pelo IPCA, ambos apresentaram crescimento médio ponderado positivo. No caso da Alimentação, 6,31%, e no de Jóias, 11,62%.

A pesquisa mensal da CDL divide os lojistas, também, em faixa de faturamento anual: até R$ 150 mil (menores), entre R$ 150.000,01 a R$ R$ 350 mil (médios), e acima de R$ 350 mil (grandes). Com essa subdivisão, se pode notar, por exemplo, que também tiveram crescimento, ainda que pouco mais que vegetativo, os comerciantes do grupo de vestuário médios e grandes, respectivamente com 2,69% e 4,86%.

Além disso, apesar da óbvia importância desse tipo de levantamento, um mérito inequívoco da CDL e sua diretoria técnica, não há dúvida que pelo menos uma distorção deveria ser corrigida. Talvez duas.

A primeira, e mais importante, se dá na divisão dos grupos por faturamento. Os valores são os mesmos de uma década atrás. Seria interessante – é apenas uma sugestão deste editor – que fossem atualizados. Quem sabe tomando o índice de inflação do período.

E a segunda se dá especificamente no grupo de veículos. Seria interessante, talvez, separar os equipamentos agrícolas e pesados (caso de tratores, colheitadeiras e caminhões) dos automóveis. No termômetro divulgado agora, relativo a novembro, se percebe uma deformação dos números. A queda apontada (20,15%) está claramente contaminada pelos equipamentos pesados, que vivem situação complicada. Já os automóveis apresentam (e isso não aparece na pesquisa) resultado positivo – o que, aliás, é normal nessa época do ano.

Em todo caso, e o levantamento da CDL também demonstra isso, há um fator que precisa ser comemorado: o comércio ampliou o número de empregos formais. No acumulado do ano, são 991 contratações, contra 703 dispensas. Mesmo que se considere a época de Natal, o que fez as admissões (209) superarem em muito as demissões (96) em novembro, ainda assim há o que festejar.

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