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Indignação. Fritz Nunes critica “massacre contra civis e crianças palestinas”

Em e-mail enviado ao sítio, o jornalista Fritz Nunes opina sobre o confronto que envolve israelenses e palestinos. Confira o texto:

 

Me sinto indignado nos últimos dias. Apesar de ver, principalmente pela internet, fotos e imagens do verdadeiro massacre contra civis e crianças palestinas (‘efeito colateral’), não tenho percebido posturas incisivas da imprensa mundial e brasileira contra esse absurdo que está sendo perpetrado pelo governo/militares de Israel, com interesses puramente eleitorais, conforme analisam alguns analistas. Dá asco ver uma imprensa que, emociona a audiência em sua cobertura quando um urso, uma foca são mortos por caçadores (e realmente deve gerar revolta), mas trata do assassinato de seres humanos às centenas, como ocorre na Faixa de Gaza, como se fosse algo natural. Dois pesos e duas medidas, numa odiosa discriminação. Aonde andam nossos colegas da grande imprensa que não se indignam com isso? Concordam? Nossos intelectuais, cadê?

Para não ser injusto, relaciono abaixo, a partir do blog do jornalista Marco Aurelio Weissheimer (rsurgente.net) uma carta-aberta assinada por intelectuais de vários matizes contra o massacre promovido por Israel contra os palestinos, ams especialmente contra a destruição da Universidade Islâmica de Gaza, um verdadeiro crime de lesa-humanidade. (Fritz Nunes, jornalista)

 

 

Um grupo de professores universitários organizou uma carta aberta em repúdio ao massacre da população da Faixa de Gaza praticado pelo exército israelense e à destruição da Universidade Islâmica de Gaza, perpetrada pelas mesmas forças. O documento, assinado por nomes como Eduardo Galeano, Boaventura de Sousa Santos, Immanuel Wallerstein, Fábio Konder Comparato, Chico de Oliveira e Emir Sader, afirma:

“Enquanto a carnificina causada pelo ataque israelense à Faixa de Gaza nos enche de horror, tristeza e indignação, um fato nos obriga a nos manifestar: a destruição da Universidade Islâmica de Gaza. Assim como as universidades católicas e pontifícias em todo o mundo, a Universidade de Gaza é uma instituição dedicada ao ensino e à pesquisa acadêmica. Devido à negação ao acesso e compartimentação da vida nos territórios palestinos, a Universidade Islâmica tornou-se ainda mais importante para a população jovem de Gaza, impedida de cursar faculdades na Cisjordânia, em Israel ou no exterior, inclusive quando são aceitos como bolsistas. A Universidade atende mais de 20.000 estudantes, 60% dos quais são mulheres. Formada por 10 faculdades, oferece cursos de graduação e pós-graduação em educação, religião, arte, comércio, charia, direito, engenharias, ciências, medicina e enfermagem”.

“Usa-se o mesmo sofisma com o qual se ataca o povo de Gaza: os estudantes e os professores da Universidade seriam do Hamas, o mesmo pretexto dos regimes fascistas para decretar a morte da cultura. O que querem é a morte da memória, da história, da identidade do povo palestino. Condenamos toda violência e lamentamos cada morte, seja em Israel, seja nos Territórios Palestinos Ocupados ilegalmente por Israel. Mas não podemos aceitar calados que seja lançado literalmente aos escombros o direito à educação, à dignidade, à vida nessa pequena faixa de terra onde há décadas a população vive na mais absoluta negação. Ao atacar o direito à educação e à cultura em Gaza, coloca-se à prova a educação e a cultura mundiais”.

A relação completa dos signatários e o endereço para novas adesões podem ser acessados em:  http://www.ipetitions.com/petition/universidadeislamicadegaza

 

 

 

 

 

 

 

 

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