Oposição? (2). Demistas e tucanos quebram os pratos também na Câmara dos Deputados. Eitcha!

Que importância objetiva tem, além da regimental, claro, e do espaço político a ser obtido na mídia (especialmente na grandona, mas também na que se acha), ser líder da minoria na Câmara dos Deputados? Este (nem sempre) humilde repórter não sabe. Mas demistas e tucanos sabem. E brigam pela função.

Tudo começou com uma tragédia. A morte de Júlio Redecker, gaúcho do PSDB, no acidente com o avião da TAM, levou à disputa. Inicialmente, foi escolhido um tucano. Que, por sinal, ninguém (que conta) conhece: um tal de Zenaldo Coutinho, do Pará.

Pois o sujeito não ficou sequer duas semanas na função e foi substituído, em requerimento enviado pelo líder do DEM na Câmara, o gaúcho Ônix Lorenzoni. O novo líder da minoria é outro desconhecido do cenário político nacional: André de Paula, de Pernambuco.

Por que a mudança? Porque o DEM tem, hoje, 59 deputados, contra 58 do PSDB. Tem, portanto, a maior bancada oposicionista na Câmara. Desde que, claro, o tucanato não chame de volta dois parlamentares que exercem função de secretários em seus Estados de origem e estão, portanto, licenciados.

Quer dizer, a oposição briga. E não se entende sequer nesse pormenor. Sim, porque se fosse de fato importante, o titular do cargo não seria alguém tão (desculpa, desculpa, desculpa) insignificante no que toca ao conhecimento das pessoas. Enquanto isso, bem, enquanto isso o governo nada de braçada. E tem duas piscinas de vantagem no campeonato dos votos na Câmara dos Deputados.

PERGUNTA CLAUDEMIRIANA: desculpa, de novo, se for impertinente, mas “líder de minoria” (e deve existir, também, o “da maioria”) tem gabinete diferente, especial? Nomeia mais gente? Ah, bom!

SUGESTÃO DE LEITURA – confira aqui a reportagem “Disputa por liderança racha oposição”, de Lucas Ferraz, no Congresso em Foco.