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Legislativos (bem) mais enxutos – por Carlos Costabeber

Sou um critico intransigente do “tamanho do Estado”. Cada vez mais, o contribuinte é chamado a pagar essa conta, recebendo em troca cada vez menos. A máquina pública é insaciável, e em todas as esferas de poder Executivo e Legislativo do Brasil, a presença de gestores partidários sem a devida qualificação só agrava esse cenário.

Para piorar, agora vivemos a maior crise político-econômica da história, sem previsão de ser revertida nem no médio prazo. Isso está levando os brasileiros e as empresas a “apertarem o cinto”, pois a recessão é brutal, com o corte de um milhão de empregos formais só nesse ano. Já passei (e sobrevivi) por 17 crises, e juro que nunca vi nada igual. As pessoas estão assustadas, desconfiadas da capacidade do Governo em enfrentar essas adversidades, e indignadas com as crescentes denúncias de corrupção.

Já havia comentado com amigos, que algo precisava ser feito para reduzir o tamanho das Câmaras de Vereadores.  Também lá, é preciso “apertar o cinto”, assim como estão fazendo os contribuintes. Afinal, toda a sociedade tem de se ajustar a esse novo momento de dificuldades, cada um fazendo a sua parte em prol do todo. Algumas cidades já se mobilizaram, e conseguiram convencer os vereadores a reduzirem seus proventos, assim como as despesas com diárias e assessores (CCs).

Aqui em Santa Maria, a lei destina para a Câmara de Vereadores, 3% do orçamento. Isso projeta para o exercício de 2016, um valor nada desprezível: 21 milhões de reais. Isso é: cada vereador vai custar 1 milhão de reais por ano aos contribuintes. Um valor, que acredito, demasiado. Já vejo movimentos na cidade dispostos a reunir assinaturas em prol da redução dos salários dos vereadores. Mas acredito que deve ser uma ação mais ampla, pois é inconcebível que o nosso Legislativo tenha cerca de 150 funcionários (enquanto faltam concursados, sobram CCs).

Até os anos 80, os vereadores trabalhavam de forma voluntária. Claro que os tempos são outros, e as exigências da sociedade são muito maiores. Mas isso não quer dizer que os legislativos do Brasil possam abrigar afilhados partidários, e gastar com viagens e diárias que não se justificam. A sociedade exige que seus legisladores tenham consciência de que chegou a hora de mudar. Produzir (bem) mais, com (muito) menos. Penso que esse é o sentimento de 100% dos contribuintes. Se duvidarem, mandem pesquisar.

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