COLUNA OBSERVATÓRIO. Sindicatos da educação, MP 520 e a futura decisão do Senado
Luneta
Se perguntados, provavelmente não dirão isso, no entanto a missão dos novos dirigentes do PDT santa-mariense é pra lá de clara.
Terão como missão – Eduardo Barin Faccin (presidente), Miguel Passini e Selvino Cogo (vices) e os demais – recuperar a autoestima da sigla que um dia já foi relevante na cidade.
Também compõem a direção pedetista, eleita semana passada, o secretário Marionaldo Ferreira, o tesoureiro Flori Padilha e os vogais Paulo Burmann e Roberto Ruy.
Pode-se fazer uma série de reparos ao Festival Internacional de Balonismo, que Santa Maria sedia pelo terceiro ano consecutivo.
Discute-se (com ou sem razão), por exemplo, sobre os recursos dispendidos, as causas políticas (e elas estão na origem do evento) e sabe-se lá mais o quê.
No entanto, há algo absolutamente indiscutível: trata-se de um espetáculo muuuito bonito. E nem precisa ir ao Jóquei Clube para notar. Basta olhar para o céu.
Alguém aí tem notícia do PSD em Santa Maria? Por enquanto, o partido (que não se sabe se é oposição ou governo) não é alvo nem de boatos na cidade.
Santa Maria, a “cidade do Xis”? Que é, é, disso sabem todos os que vão embora e para cá retornam. Não há outro lanche/refeição sequer semelhante em lugar algum do Brasil.
A questão é outra: essa tentativa da prefeitura significará, meeeesmo, a regularização do uso do espaço público? É esperar (com otimismo) para ver.
Entidades sindicais ligadas aos professores e servidores técnico-administrativos da UFSM não desistem de ver reprovada a Medida Provisória 520.
Embora chancelada terça-feira, pela Câmara dos Deputados, a MP que criou a empresa gestora dos hospitais universitários (inclusive o HUSM) vai agora para o Senado.
Previsão claudemiriana: inexiste chance real de os senadores mudarem a decisão dos deputados. Provavelmente, então, a luta dos sindicatos passará à esfera judicial.
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A questão não é de desistir ou não da revogação da MP 520, a questão é da entrega, ou não, do patrimônio público aos mercenários da saúde, que querem lucrar com a tragédia da população, sob aplausos de um governo irresponsável. Não podemos abrir mão disso, como fizeram os deputados (que fizeram vista grossa para a opinião pública e se guiaram por interesses particulares). Ao adotarem o Hospital de clínicas de Porto Alegre como modelo, o governo assume o caráter privatista, de acabar com o 100% SUS, abre mão do controle social e da autonomia universitária… Todo esse risco está no texto da MP que irá ao Senado… Como é tudo farinha do mesmo saco, temos ainda a luta local, para evitar a adesão da UFSM ao programa. Isso será difícil, já que, apesar do Conselho ter recusado e repudiado a MP 520, o governo (com o aval dos deputados federais locais, diga-se de passagem), vai se esforçar em ameaçar a administração da UFSM com a pressão financeira. Mas vamos resistir…