Novo governo. No 1º andar, pastas cortadas, divididas ou ampliadas. No subsolo, “idealismo”

Se no térreo e até no subsolo, só no que se fala é em quem vai ocupar qual cargo, no primeiro andar e no gabinete da diretoria convive-se também com outra questão, esta mais estratégica: quantas e quais secretarias sobreviverão, no governo de Cezar Schirmer e José Farret, que inicia em 1º de janeiro.

Dá-se como certo, por exemplo, que as pastas de Comunicação e Segurança Pública sumirão, transformadas em Diretorias ligadas diretamente ao gabinete do Prefeito. Da mesma forma o Esporte, que se tornaria não mais uma pasta autônoma, mas um braço da Educação.  Uma, a prometida à Juventude, deve surgir, engordada também com outras faixas etárias a ser valorizadas. Há, também, uma secretaria que tende a ser mais valorizada, a de Desenvolvimento Econômico – quem sabe com outro nome e englobando atividades hoje desenvolvidas pela do Turismo.

De todo modo, são cogitações, algumas delas surgidas a partir do núcleo de poder a ser instalado; outras como possível tentativa de plantar vontades de emplacar uma idéia hoje com pouca repercussão junto a quem de fato vai decidir.

De todo modo, um dos grandes imbróglios a ser desatados por Schirmer e sua assessoria direta é a questão do Turismo. A secretaria, que hoje é um guarda-chuva que acolhe várias atribuições, e que funciona, também sofreria mudanças significativas. Para começar, deixaria de ser apenas “Turismo e Eventos”, para ser “Turismo, Eventos e Lazer”. Deixaria de cuidar da arborização (uma das marcas reconhecidas pela população, acrescente-se), que iria para o controle da Proteção Ambiental ou Obras. E também perderia a atribuição fiscalizatória que hoje existe, e também funciona.

Aliás, a questão do Turismo e tudo o que cerca o setor será tema de um encontro que, segundo pude apurar, acontece daqui a pouco, às 9 da manhã, na Unifra. A cúpula do Centro Universitário se reúne com Cezar Schirmer. O assunto: “um plano de turismo” para Santa Maria. Mais: o curso da Unifra não é decisivo, mas será certamente ouvido (consta até que já foi) para tratar de nomes possíveis de dirigir a secretaria. Seria, inclusive, um professor do quadro. A conferir.

EM TEMPO: enquanto na diretoria a discussão é sobre a estratégia, o subsolo se mexe, podendo se transformar em abalo sísmico. Só no gabinete do vice, José Farret, há uma verdadeira romaria diária, a fazer inveja à Medianeira. São muitos cidadãos a aparecer de currículo na mão, “cartas de apresentação” e até lembranças de um passado distante. Tudo para, com um idealismo que chega a emocionar, buscar uma vaga, qualquer que seja, na próxima administração.