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SÓ AGORA?! Mídia brasileira quer restrições ao capital internacional na internet

Você sabia que o Terra, hoje controlado pela Telefonica de Espanha, já se chamou Zaz e era da errebeesse? Pooois é...
Você sabia que o Terra, hoje controlado pela Telefonica de Espanha, já se chamou Zaz e era da errebeesse? Pooois é...

Os caras são muuuito engraçados, ah, são meeeesmo. Como se todo mundo tivesse o bestunto mole, de repente, os grandões da mídia resolveram que não querem saber da companhia das corporações internacionais no controle de portais de internet – que, para eles, são agentes jornalísticos e portanto sujeitos às restrições da legislação específica já existente.

É de uma hipocrisia absurda – ainda que este sítio não morra de amores pelo capital que não fala português do Brasil. Por quê? Porque tooodos os barões nativos já se acocoraram (porque estavam na pindaíba) aos forasteiros. Aí, não se preocuparam com leis, mas apenas com seus próprios bolsos.

A propósito, quem dá informações e, de uma certa maneira, propõe uma reflexão, é o jornalista Luis Nassif. Vale a pena conferir, a seguir:

O capital externo na mídia

Algumas observações sobre essa ofensiva da velha mídia, de se enquadrar a informação de Internet na categoria jornalística e obrigar os novos agentes a respeitar a proporção de capital nacional nas companhias – assim como as empresas jornalísticas.

Suponha-se que esse pleito seja legítimo.

A indagação básica é sobre quem seriam os parceiros brasileiros. A Globo ganhou centenas de milhões de dólares vendendo parte de seu portal à TIM e recomprando a preço de banana quando a bolha da Internet estourou. A UOL conta com capital da Portugal Telecom. A Abril foi porta de entrada para a Napster. O que a ajudou a sair da crise financeira foi a venda da TVA para a Telefonica – e a TVA lhe foi entregue de graça pelo governo Sarney. A RBS conseguiu superar a crise financeira vendendo o Terra à Telefonica. Do governo Sarney para cá – passando pelo de FHC – outros grupos conseguiram ampliar seus ativos ganhando concessões de graça, entrando exclusivamente com a influência política.

Agora, a Vivendi está vindo por aí, assim como as empresas de telefonia já instaladas. É óbvio que o objetivo da velha mídia é se habilitar a continuar a ser a porta de entrada dos grupos estrangeiros, preservando o cartel no mercado de opinião e de entretenimento.

Para instituir a isonomia, sem aumentar a concentração, basta a regulação enquadrar as estrangeiras aos percentuais mínimos de capital nacional, mas proibir a participação nas novas empresas de grupos que já tenham participação expressiva no mercado de concessões e de mídia.”

SUGESTÃO ADICIONAL – confira aqui, se desejar, também outras notas e artigos publicados e/ou comentados pelo jornalista Luis Nassif.

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