Coluna Observatório: “A falta que ele fará”

Em um determinado momento, coisa de três ou quatro anos passados, esta coluna se debateu, e muito, contra os trotes ridículos (além de perigosos) impostos pelos veteranos aos calouros da UFSM. Sem modéstia, Observatório acredita ter contribuído, ainda que talvez infimamente, para que legislação mais dura fosse implantada no município (em projeto, transformado em lei, do então vereador, na época ainda do PT, Marcelo Bisogno). No âmbito da universidade, inquéritos foram abertos e, como quase sempre no serviço público, demoraram para ser concluídos. Um único dirigente da instituição se dignou, ao ver completada a apuração de determinado caso, a comunicar o resultado – aliás, para completa surpresa do jornalista, que não conhecia a figura. Este foi o então Diretor do Centro de Ciências Rurais, Flávio Miguel Schneider.

Eis, aí, um exemplo – dos mais pequenos, mas significativo – de como agia um sujeito que sabia o quão importante era dar satisfações à sociedade, independente do que se pensava individualmente. O todo era o fundamental, não obstante eventuais e de resto desnecessárias desavenças pessoais ou políticas. Por aí, já é possível perceber, também, o tamanho da perda que Santa Maria e sua gente tiveram no início desta semana. Schneider, acredite, fará falta. Muita falta.