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Farra da gasolina também no Rio Grande do Sul

A Rádio CDN já havia feito levantamento semelhante, é justo que se reconheça. E, claro, tendo como foco os representantes de Santa Maria. Mas o fato – registrado em reportagem do jornal Zero Hora em sua edição desta terça-feira – é que, a cada dia, torna-se mais absurda, por exagerada, a quantidade de gasolina gasta pelos deputados estaduais gaúchos, que podem ser reembolsados em até R$ 6,1 mil mensais – o que significa 5 mil quilômetros rodados no mês.

Convenhamos, trata-se do combustível mais caro do planeta, com a eventual exceção dos países árabes, que “nadam” em petróleo. Nem na Venezuela, um dos maiores exportadores do mundo conseguiriam dar conta de tanto óleo.

No caso dos parlamentares daqui, toooodos gastaram o limite máximo permitido. Fabiano Pereira, PT; José Farret, PP; e Marco Peixoto, PP, não se furtaram em se utilizar o que, se diga, é permitido por lei – no caso, R$ 18,300 mil nos três primeiros meses de 2006. No caso do petista, o valor até foi maior (R$ 22,401 mil), porque, segundo o jornal, “a Assembléia fez acerto de crédito”.

Leia, aqui, a notícia publicada em ZH, na íntegra:

Despesa com locomoção é de R$ 914 mil no RS
Assembléia controla rodagem por meio de aferição em carros

Nos três primeiros meses do ano, a Assembléia Legislativa pagou R$ 914 mil aos deputados em indenização por uso de veículos particulares. Com esse valor, é possível pagar 5.149 viagens, em carro popular, de Porto Alegre a Uruguaiana.

Entre os 55 parlamentares, 34 alcançaram o teto do ressarcimento, de R$ 6,1 mil mensais (R$ 18,3 mil no trimestre). O máximo para reembolso é equivalente a 5 mil quilômetros rodados. A Assembléia desembolsa R$ 1,22 por quilômetro, valor no qual está embutido o ressarcimento pelo desgaste do veículo. Por essa conta, os deputados percorreram 749,18 mil quilômetros em três meses.

A cada quilômetro rodado, os deputados gastam R$ 0,28 em combustível, considerando-se o preço médio da gasolina no Estado (R$ 2,761) e o desempenho de 10 quilômetros por litro. Assim, dos R$ 1,22 pagos por quilômetro, R$ 0,94 servem para compensação do desgaste do veículo. Se for tomado o teto de R$ 6,1 mil mensal para ressarcimentos, cerca de R$ 4,7 mil destinam-se à indenização pelo uso do carro.

De acordo com o superintendente de Comunicação Social da Assembléia, Mário Petek, a quilometragem dos veículos cadastrados pelos deputados é controlada pela comissão veicular da 1ª Secretaria da Casa. O parlamentar, diz Petek, tem de submeter o automóvel a uma aferição, tornando desnecessária a apresentação de notas fiscais. O sistema é acompanhado pela Contadoria e Auditoria-Geral do Estado (Cage).
”

SE DESEJAR ver o quadro completo, com o gasto discriminado por parlamentar, pode fazê-lo acessando a página do jornal na internet, no endereço www.clicrbs.com.br/jornais/zerohora/

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