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“Guerra Civil”. Mortes podem ter chegado a 128

No conflito urbano que movimenta o Estado de São Paulo desde a noite da última sexta-feira, orientada pelo PCC (Primeiro Comando da Capital), o número de mortes pode ter se aproximado de 130, segundo as informações das autoridades de segurança. Foram mais de duas centenas de ataques a alvos ligados (ou não) às forças públicas, além de quase uma centena de rebeliões em todo o território paulista.

Agora há pouco, a polícia civil, através de seu delegado-geral, Marco Antônio Desgualdo, fez um balanço dos acontecimentos que transtornaram São Paulo e mobilizaram a opinião pública brasileira.

Confira, a respeito da entrevista concedida pelo policial, a notícia divulgada agora há pouco pelo portal Folha Online:

”Governo nega acordo com PCC, e polícia mata 71 suspeitos de ataques

O delegado-geral da Polícia Civil de São Paulo, Marco Antônio Desgualdo, negou na tarde desta terça-feira que a diminuição dos ataques praticados pelo PCC no Estado tenha sido causada por um acordo com a cúpula da facção. Ele atribuiu a redução da violência ao trabalho de repressão da polícia.

Desde a noite da última sexta-feira (12), quando começou a maior onda de ataques contra a força de segurança do Estado, 71 suspeitos de envolvimento nos ataques foram mortos em supostos confrontos com a polícia –19 deles na madrugada desta terça. Outros 115 foram presos, segundo balanço divulgado pelo governo estadual às 13h30 desta terça.

As ações, iniciadas com ataques a policiais, guardas e agentes penitenciários, se alastraram e atingiram presídios –foram mais de 80 rebeliões em penitenciárias, cadeias e CDPs (Centros de Detenção Provisória). A partir da noite de domingo, agencias bancárias foram atacadas e ônibus acabaram incendiados. Com receio de novas ações, empresas de ônibus pararam de circular e comerciantes fecharam as lojas mais cedo, na segunda-feira (15).

Reportagem publicada pela<6> Folhanesta terça, mostra que, por telefone celular, líderes da facção criminosa determinaram a presos e membros do PCC do lado de fora das cadeias que interrompessem a onda de violência.

Segundo o que a Folha apurou, o preso Orlando Mota Júnior, 34, o Macarrão, foi um dos principais interlocutores do governo. Ele e outros líderes do PCC deram a ordem de cessar os atentados. Reportagem publicada pela Folha Online no domingo já indicava a negociação entre o governo e presos. Na ocasião, a Secretaria da Administração Penitenciária também negou qualquer acordo.

De acordo com Desgualdo, a polícia já identificou envolvidos nos ataques ocorridos no Estado. Ele disse que, em um primeiro momento, a polícia tinha como objetivo o fim dos ataques e que agora, “com mais calma”, será feito um trabalho de investigação para prender e responsabilizar os envolvidos.

Ataques

Desde a última sexta, foram registrados 251 ataques no Estado, segundo o balanço desta terça –entre eles 80 a ônibus. No total, 113 armas foram apreendidas.

Nas ações contra as forças de segurança 44 pessoas morreram –23 policiais militares, seis policiais civis, três guardas municipais, oito agentes de segurança penitenciária, e quatro civis –entre eles a namorada de um policial. Ficaram feridos 22 PMs, seis policiais civis, oito guardas municipais, um agente penitenciário e 16 cidadãos.

Nas cerca de 80 rebeliões registradas no período, 13 detentos foram assassinados, o que elevaria para 128 o número total de mortos durante a onda de violência –o número leva em conta os policiais e guardas alvos dos ataques, presos e suspeitos.

Retaliação

O movimento é uma retaliação do PCC à decisão do governo estadual de isolar lideranças da facção. Na quinta-feira passada (11), 765 presos foram transferidos para a penitenciária 2 de Presidente Venceslau (620 km a oeste de São Paulo), em uma tentativa de evitar a articulação de ações criminosas.

No dia seguinte, oito líderes do PCC foram levados para a sede do Deic (Departamento de Investigações sobre o Crime Organizado), em Santana (zona norte de São Paulo). Entre eles estava o líder da facção, Marcos Willians Herba Camacho, o Marcola. No sábado, ele foi levado para a penitenciária de Presidente Bernardes (589 km a oeste de São Paulo), considerada a mais segura do país. Na unidade, ele ficará sob o RDD (Regime Disciplinar Diferenciado), mais rigoroso…”


SE DESEJAR reler esta reportagem e ainda outras informações sobre a “Guerra Civil” em São Paulo, pode fazê-lo acessando a página do portal Folha Online na internet, no endereço http://www1.folha.uol.com.br/folha/cotidiano/

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