Internet. Justiça aperta cerco ao Google. Tudo por conta do uso pra lá de criminoso do Orkut

Sou usuário do Orkut, o maior site de relacionamento do planeta e que, sabe-se lá por que razões, é inteiramente dominado por internautas brasileiros. Não posso dizer que fui forçado a entrar nessa rede. Não, não foi assim. Mas me disseram que era fundamental estar lá. E alguém, aqui de casa, preencheu os dados. Foto, me recusei a colocar. Já seria um pouco demais. Basta a que tem aqui no site. Mas estou no tal de Orkut. Todos os que me pedem para ser amigos, aceito. Mas só respondo mensagens individualizadas. Nunca aquelas que os amigos mandam para toooodos os amigos. Agora, as individuais, por respeito e atenção, respondo. Mas não tomo iniciativas. Não sou chegado no Orkut. Não tenho nada contra quem usa.

Quer dizer, não é bem assim. Acho que o site é utilizado para que recalcados de toda ordem dêem vazão aos seus instintos que nem sempre se coadunam com o, imagino, objetivo maior do site – que é o de reunir amigos. E há algo ainda pior que os de pouco tino. São os criminosos. Sim, os que usam o Orkut (se não fosse ele, seria outro, provavelmente) para tramar crimes, quando não praticá-los diretamente.

Pois é por conta desse grupo limitado de internautas, e de uma suposta liberdade de expressão (que na verdade, penso, é apenas uma maneira de manter presos os usuários), o dono do Orkut, o megaportal Google, tem se recusado, sistamaticamente a colaborar com a Justiça. Ainda que já tenha se ajoelhado para os dirigentes chineses, por exemplo. Não deixa de ser curioso. Pedido feito por ditadores, o Google se queda (por que interesses, hein?). Já a Justiça de um país democrático é tratada com um “nem te ligo”.

Saiba um pouco mais desse enrosco que pode afetar milhões de orkuteiros brasucas, na reportagem do site especializado Consultor Jurídico. E que trata de um caso bem específico. Confira:

Delitos incentivados
Google Brasil deve fornecer dados de usuários do Orkut

A empresa Google Brasil Internet deve fornecer à Justiça do Rio de Janeiro dados cadastrais dos criadores e integrantes das comunidades “Eu sei dirigir bêbado” e “Sou menor, mas adoro dirigir”, do Orkut, site de relacionamentos. A decisão é da 3ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça, que atendeu o pedido do Ministério Público do Rio de Janeiro.

Para o MP, a medida é imprescindível para apurar a autoria e as demais circunstâncias que envolveram a prática dos delitos e apologia ao crime.

“É evidente que o direito à intimidade dos usuários das comunidades investigadas no inquérito policial deve ceder em função de um interesse maior, coletivo, entre eles jovens habilitados e não habilitados à…”

SE DESEJAR ler a íntegra da notícia, pode fazê-lo acessando a página do “Consultor Jurídico” na internet, no endereço http://conjur.estadao.com.br/static/text/51560,1.