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Otimismo. Em 2007, Santa Maria deve receber mais de R$ 80 milhões em investimentos

É inegável: embora a cidade mantenha problemas estruturais graves e outros conjunturais idem, uma injeção de otimismo toma conta da população, que vê sua auto-estima aumentar. Cria-se, dessa forma, um círculo virtuoso capaz de sustentar um longo período de desenvolvimento.

Esta certo: a última frase é mais um desejo do que, propriamente, previsão. Mas um pouco de otimismo não faz mal a ninguém. Muito menos a uma cidade. E há razões para isso, afinal. A Santa Fé Vagões já está em plena atividade. A Parati amplia a sua unidade santa-mariense. O Frigorífico Silva aumenta sua capacidade de produção. E até o Distrito Industrial, depois de 30 anos, consegue enfim ver asfaltada a sua via principal e tem sua infra-estrutura sensivelmente melhorada. E tudo isso, somado, significa geração de (muitos) emprego e (bastante) renda. Quem se beneficia? A comunidade.

E atenção: os dados (há outros, mas fiquemos apenas com esses, por enquanto) são de 2006 e 2005. Agora, imaginemos 2007. O Carrefour é apenas o mais recente investimento anunciado para a cidade, neste ano. Há outros. Tudo somado, segundo reportagem de Deni Zolin, que o Diário de Santa Maria está publicando em sua edição deste final de semana, dá qualquer coisa parecida com R$ 80 milhões de reais. Empregos: 2000. Novos empregos.

Então, que tal deixar o pessimismo um pouquinho de lado e pensar na cidade e em seu povo? Hein? Bem, assim é como eu me comporto – nunca deixando de lado a crítica sobre aspectos que, se melhorassem um pouquinho, deixariam Santa Maria na ponta de cima das cidades prósperas e bonitas. Sim, porque desenvolvimento e beleza não são conflitantes. Ou são? Em todo caso, leia a reportagem do DSM e vê se não há motivos para comemorar. A seguir:

”Após a tempestade a bonança
Depois de enfrentar um período difícil, com um problema atrás do outro, a cidade volta a respirar mais tranqüila, pois muita coisa começa a dar certo. Para 2007, receberá novos investimentos de mais de R$ 80 milhões que devem gerar 2 mil empregos

Um longo calvário

Ufa! Parece que já dá para respirar um pouco mais aliviado. Depois de anos de vacas magras e de várias pragas, Santa Maria parece estar finalmente curtindo um período de bonança. Dando uma rápida olhada para trás e analisando os fatos dos últimos cinco anos, a gente começa a lembrar de uma série de notícias nada agradáveis que ocorreram em 2002 e 2003. Mas, nos últimos dois anos, os ventos viraram e dá para dizer, inegavelmente, que a cidade vive uma boa fase.

O ano de 2002 talvez tenha sido um dos mais infernais para a cidade. Ele já começou com seca no campo e teve muita coisa ruim. Em agosto, o fim dos vôos comerciais, com a saída da Rio Sul. Em setembro, um dos piores vendavais da história da cidade destelhou 1,6 mil casas, no fatídico 11 de setembro de 2002. Em outubro, o reservatório da Corsan rachou e causou falta d’água. No mesmo mês, a BR-287, entre Santa Maria e São Borja, foi eleita a pior estrada da região do Sul do país. Na verdade, o título só comprovou o drama vivido pelos motoristas daqui em todas as rodovias, que estavam em estado de calamidade.

Para piorar, ainda em outubro, a ponte do Verde, na BR-392, cedeu e teve de ser interditada por sete meses. Em março de 2003, então, o pior. Além de não termos avião e ligação ao Sul do Estado, uma ponte na RST-287 – principal ligação com a Capital – também cedeu com a enchente e deixou Santa Maria quase ilhada. E as obras da Faixa de Rosário viveram mais um período de recomeça-e-pára.

Outros problemas pela frente

A lista de problemas enfrentados nos últimos anos inclui também a gare da estação férrea – que foi quase destruída -, a superlotação constante do Presídio Regional, o fecha-não-fecha da Casa de Saúde e da fábrica de sucos Rayzes, a superlotação do Hospital Universitário, as incertezas na longa obra do Royal Plaza Shopping – iniciada em 1995 – e na instalação do Centro Regional Sul de Pesquisas Espaciais, além das infindáveis promessas de construção do hospital regional/Sarah e da seca, que castigou a cidade e a região até 2006.

A mudança da maré

A maré começou a mudar em 2003 quando veio uma boa notícia: a construção de mais de mil apartamentos do PAR. Depois, veio uma série de coisas positivas. Começaram as obras que deram vida nova às estradas da região e a construção do novo presídio. A nova adutora da Corsan já está por sair. Até o gás natural deve chegar em breve. A estiagem de 2006 foi mais fraca e, neste verão, já está chovendo bem. Saiu até o asfalto do Distrito Industrial.

Mas os reflexos da boa fase são maiores na economia, com a vinda de investimentos milionários – mais de R$ 80 milhões – e a geração de emprego. Atraindo multinacionais e grandes empresas, a cidade entrou na rota do progresso.

A chegada da fábrica de vagões Santa Fé, em 2005, empregou mais de 230 pessoas. A Colônia reabriu a fábrica de sucos Rayzes e passou a produzir cerveja na cidade. A santa-mariense NHT Linhas Aéreas colocou Santa Maria de volta à rota da aviação comercial em agosto. O Royal Plaza Shopping confirmou que abrirá em setembro de 2007 e terá até uma filial das Lojas Americanas.

Quer mais? A Parati anunciou uma nova fábrica com mais 500 empregos para este ano. A Rede Vivo comprou o prédio da antiga rodoviária e dará nova vida ao lugar, que receberá um supermercado. O Dois Irmãos inaugurou mais um…”


SE DESEJAR ler a íntegra da reportagem, inclusive com bons quadros explicativos, pode fazê-lo acessando a página do jornal na internet, no endereço www.clicrbs.com.br/jornais/dsm/.

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