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Tudo por um cargo. Partidos formam os mais estapafúrdios blocos na Câmara dos Deputados

É impressionante a correria que toma conta da Câmara dos Deputados. Edis federais os mais diversos cochicham pelos corredores, se encontram às escondidas nos gabinetes, movimentam-se decididamente atrás de parceiros com interesses (mais ou menos) afins, deputados que nunca se falaram.

Você pode imaginar do que falam esses gentis cidadãos? Não, não é do Plano de Aceleração do Crescimento. Exceto, talvez, do próprio. Muito menos é de uma reforma política que estão tratando. Ou de mudanças na legislação tributária, ou ainda em prosaicos projetos de lei eventualmente interessando a todos. Não, não é nada disso.

O que todos esses senhores, e eventualmente algumas senhoras, estão tramando (ops, articulando) são uniões de ocasião entre siglas completamente diferentes, para se cacifar de forma a conquistar cargos na próxima Mesa Diretora da Câmara. É o subterrâneo, vamos dizer assim, de uma disputa pelo butim maior, que é o da Presidência.

A propósito dessa série de conchavos, nem sempre os mais corretos do ponto de vista político, leia o que escreve o comentarista político Ricardo Noblat, na página dele na internet. A seguir:

”Disputa por cargos

Os partidos estão em plena movimentação para a formação de blocos na Câmara dos Deputados. Não está em discussão afinidade ideológica ou projeto político. O interesse único é por cargos na direção da Câmara. Quanto maior o bloco, mais poder têm os partidos na Casa e mais espaço nas principais comissões da Câmara. Nessa disputa, nem aliados de primeira hora se respeitam.

O PFL negocia a formação de um bloco com o PTC para ultrapassar o PSDB. PSB, PC do B, PDT, PV, PMN, PHS e PAN podem se juntar para superar o PSDB e o PFL, se colocando como a terceira maior força da Casa. Os tucanos já têm uma reação armada. Pretendem se juntar ao PPS e assim anular a estratégia dos outros partidos e ultrapassar o PT.

A reunião de hoje (quinta) do PPS foi um bom exemplo dessas articulações. Nada é feito às escondidas. Cada deputado recebeu uma pasta com os possíveis blocos. No primeiro cenário, com o PPS sozinho, não há praticamente espaço para nada. No segundo cenário, numa aliança com o PSDB, os partidos poderiam escolher a 1ª Vice-Presidência e a Terceira Secretaria da Casa. No terceiro cenário, juntando PSDB, PPS, PTC e PT do B, o bloco poderia ficar com a Segunda Secretaria, a comissão mais importante da Casa, a CCJ por onde passam praticamente todos os projetos, e a Liderança da Maioria.

Os partidos têm até a próxima quarta-feira, dia 31, para formalizar as alianças. E tudo será feito apenas na última hora. O segredo, nesse caso, é a arma do negócio…”


SE DESEJAR ler este e outros textos sobre questões políticas nacionais, pode fazê-lo acessando a página do jornalista na internet, no endereço www.noblat.com.br.

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