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Vergonha. Renan não preside sessão da LDO. E evita receber o ‘cartão vermelho’ dos ‘éticos’

O presidente do Senado (e do Congresso, e terceiro na linha de sucessão no Poder da República, logo atrás do Presidente e do Vice) Renan Calheiros não cumpriu, nesta quarta-feira, uma de suas principais atividades: conduzir a sessão conjunta da Câmara e do Senado para discutir e votar a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO).

 

Foi convencido a não cumprir essa tarefa, deixada a cargo do 1º vice-presidente do Congresso, o deputado Nárcio Rodrigues, do PSDB. Se fosse, disseram todos os emissários, seria contemplado com uma série de atos preparados pelo chamado grupo “ético” da Câmara, a começar por Chico Alencar (PSol) e Fernando Gabeira (PPS), ambos do Rio de Janeiro.

 

Parêntese. É verdade que Alencar e Gabeira não pediram para que se denominasse “ético” o grupo pluripartidário de que participam, junto com cerca de outros 20 deputados. Mas também é verdadeiro que não refutam o chamado epíteto. Logo, permitem concluir (leviana e inadequadamente, talvez) que os outros parlamentares “não sejam éticos”. E eles são quase 500. Um disparate óbvio, do qual os dois se beneficiam, nos contatos midiáticos. Fechar parêntese.

 

Depois de descartar a história de ficar de costas para Renan, a dupla de “éticos” mandou confeccionar uma centena de cartões vermelhos (o símbolo da expulsão, no futebol) a ser entregue a quem se dispusesse a carregá-los, quando o presidente do Congresso aparecesse para presidir a sessão. E ficar com eles levantados enquanto o senador alagoano estivesse no plenário.

 

Para evitar o constrangimento, ainda que tivesse inventado outra desculpa, Renan Calheiros não compareceu. Preferiu ser homenageado pelos prefeitos de Alagoas, que lhe ofereceram um jantar de desagravo. Ah, o organizador do rega-bofe, creia, é um tucano. No caso, o governador alagoano Teotônio Vilella Filho. Que não o acha tão ruim assim, como pensa Arthur Virgílio, um feroz atacante de Renan. E que também é do PSDB.

 

São impressionantes, cá entre nós, e sem fazer juízo de valor, as contradições. Há os éticos. Há os não éticos, por certo. Há os que … bem, melhor deixar assim. Do contrário, a cabeça funde. E os neurônios se vão de vez.

 

SUGESTÕES DE LEITURA – leia aqui a reportagem “Pressionado pelo governo, Renan não presidirá sessão da LDO”, de Marcelo de Moraes e Luciana Nunes Leal, publicada pela Agência Estado.

Confira também a notícia “Com desistência, Renan evitou cartão vermelho”, de Leandro Cólon, da sucursal de Brasília do G1, o portal da Globo.

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