Arquivo

Enfeiou. Problema não é Bolsa ou Dólar, mas queda no preço de commodities. O que já ocorre

Já se disse, mais de uma vez, em tempos nem tão distantes, que uma gripe na Ásia virava pneumonia nos países emergentes, Brasil incluído. Se combinada com crise interna nos Estados Unidos, então, era caso certo de UTI. Que, aliás, já foi freqüentada pelos tupininquins, e ela tinha nome e sobrenome (Fundo Monetário Internacional) e custo: o último, empréstimo feito por Fernando Henrique e pago por Lula, de absurdos UIS$ 41 bilhões.

 

Pois bem, agora, deu uma gripe das fortonas em território asiático. E combinada com excesso de créditos não honrados por fundos americanos. Quer dizer, respiradores ligados na UTI da economia brasileira? Errado, agora não. E por quê?

 

Simples. Em crises anteriores, o capital especulativo – aquele que os gringos colocam aqui num dia e tiram no outro, ou no máximo na semana seguinte – é minoritário nas bolsas de valores, especialmente na maior delas, na América Latina, localizada em São Paulo. E bem minoritário. Logo, a crise existe. Mas é temporária e limitada. E não toca no principal: o capital produtivo, que é majoritaríssimo na bolsa paulista.

 

Além do que, nunca, na história econômica brasileira, houve tanta reserva em moeda forte, nos cofres do Banco Central e mantidos também em casas bancárias européias e/ou norte-americanas, pelos responsáveis pela política financeira nativa. São US$ 160 bilhões. Suficientes para sustentar um solavanco dos grandões. O que ainda não é nem o caso.

 

Mas há um problema. (Nem tão) modestamente já citado aqui mesmo (confira, lá embaixo, as sugestões de leitura). Se trata da pouca diversidade e, vá lá, qualidade das nossas exportações. É muita commoditye. Demais da conta. São produtos oriundos do agronegócio sem valor agregado: cereais, sobretudo. Ou de mineração: ferro, especialmente. Têm, eles e outros, um peso danado na nossa pauta de exportações.

 

Há indícios de redução de preço. E os tais fatores conjunturais que nos ajudavam, podem não estar no mesmo patamar. Com o que, reduz-se o ganho de exportação, sem uma contrapartida na importação. Resultado? Diminuição do superávit na balança comercial. Isso é ruim. Ainda longe de ser um problemão. Mas seria prudente dar uma olhada nisso. Em benefício da (macro) economia brasileira.

 

Como? Sei lá. Afinal, sou economista amador. Ou um jornalista interessado em questões econômicas. Só isso. Nada além disso – que é situação a ser respondida por profissionais.

 

SUGESTÕES DE LEITURA – confira a reportagem“Preço de commodities volta ao nível de 2004 e afeta balança comercial”, de Márcia De Chiara e Nilson Brandão Junior, n’O Estado de São Paulo.

Leia também a nota“Comércio. Não é exatamente uma maravilha, mas está mudando o perfil das exportações”, que publiquei aqui em 24 de julho passado.

E confira, igualmente, a nota “Temores. Os riscos de um crescimento baseado apenas em fatores conjunturais favoráveis”, que publiquei aqui em 4 de julho passado.

 

 

Artigos relacionados

ATENÇÃO


1) Sua opinião é importante. Opine! Mas, atenção: respeite as opiniões dos outros, quaisquer que sejam.

2) Fique no tema proposto pelo post, e argumente em torno dele.

3) Ofensas são terminantemente proibidas. Inclusive em relação aos autores do texto comentado, o que inclui o editor.

4) Não se utilize de letras maiúsculas (CAIXA ALTA). No mundo virtual, isso é grito. E grito não é argumento. Nunca.

5) Não esqueça: você tem responsabilidade legal pelo que escrever. Mesmo anônimo (o que o editor aceita), seu IP é identificado. E, portanto, uma ordem JUDICIAL pode obrigar o editor a divulgá-lo. Assim, comentários considerados inadequados serão vetados.


OBSERVAÇÃO FINAL:


A CP & S Comunicações Ltda é a proprietária do site. É uma empresa privada. Não é, portanto, concessão pública e, assim, tem direito legal e absoluto para aceitar ou rejeitar comentários.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Botão Voltar ao topo