OBSERVATÓRIO. Na Câmara, depois do que se viu no 1º semestre, o que é não será mais. Ah, não será!

Vai que alguém tenha esquecido: em 1º de janeiro, os vereadores santa-marienses elegeram uma Mesa Diretora de consenso. A oposição, na prática, chancelou os edis governistas majoritários e pareceu (e era, mesmo, quem sabe) que o parlamento da comuna estava unido – deixando as divergências políticas apenas para a tribuna.

O fato é que, passados sete meses, o consórcio governista, que segue majoritário, dificilmente voltará a ser uno. Pelo menos o PDT, do solitário (embora milionário em votos populares) Marcelo Bisogno, tende a ser isolado na próxima eleição à Mesa. Tudo por conta da ocupação do final de junho, por integrantes dos movimentos estudantil e sindical e de familiares das vítimas da tragédia.

Na ocasião, o pedetista conduziu o processo de uma maneira que, definitivamente, desagradou seus parceiros. Estes preferiam o imediato pedido de reintegração de posse e não a entrega de bandeja, uma semana depois, da cabeça do Procurador Robson Zinn, que também é o presidente do principal partido governista, o PMDB.

É verdade que o dinamismo da política indica sempre a possibilidade de mudança. Mas, hoje, parece bastante improvável que se mantenha o mesmo acordo, no próximo ano. E, pelo menos no parlamento, o PDT virará oposição. PMDB, PP, DEM e PTB, juntos, têm maioria. E mandarão na Câmara, isolando o partido do Doutor Leonel e seu único vereador. Isso, claro, se não houver traições. Daí…