É imperdível! O romance coletivo Os Dez Mandamentos, uma bela estrepulia literária coletiva
O que Clementino Marcuzzo e Fernando Menezes têm a ver com a história de Bianca e do Aldo Locatelli, no livro escrito a 20 mãos?
Como uma dezena de escritores se dispõem a produzir um romance coletivo e fazem a empreitada dar certo é algo a ser estudado. Mas não pretendo entrar nisso pois, embora metido, um ataque repentino e inusitado de humildade me faz confessar não ter a mais remota idéia de como isso poderia ser viabilizado. Mas foi. E, mais interessante, o resultado é bom. Pra lá de bom, aliás.
Trata-se, no caso, de Os dez mandamentos, obra a ser autografada no final da tarde desta sexta-feira, na Feira do Livro, por Antonio Cândido de Azambuja Ribeiro, Athos Ronaldo Miralha da Cunha, Diomar Konrad, Humberto Gabbi Zanatta, Leonardo Brasiliense, Orlando Fonseca, Pedro Brum Santos, Tailor Diniz, Tânia Lopes e Vitor Biasoli.
Cansou? Isso, creia, não acontecerá ao ler o livro. O que fiz em duas etapas. Na primeira, os três primeiros mandamentos (ops, capítulos). Depois, numa sentada só, os sete restantes. Eles contam a história de Bianca, uma mulher que perdeu a filha num acidente e virou beata. Se bem que seus sonhos não são exaaaatamente bentos. E nem a filha talvez tivesse morrido, como se supõe.
O fato é que ela, a personagem, adora orar na catedral (sim, a nossa, de Santa Maria) é devota da Medianeira (a santa, não a rádio), se impressiona com Aldo Locatelli (o que esse italiano veio fazer nesse livro é algo a ser desvendado), incursiona por ruelas da Nova Santa Marta, é professora de História e ainda por cima é cantada por um chefe que muitos supunham não ser sinônimo de masculinidade. Quer mais? Querem matá-la.
Só isso, as peripécias de Bianca seriam suficientes para justificar a leitura. Mas há mais: sobram referências reais (e outras nem tanto) a personagens vivas da Santa Maria de hoje e de semana passada. Exemplos? Erasmo Dallasta, Paulinho da Loteria, Galeria Chami, Clementino Marcuzzo e até o Fernando Menezes, ex-vereador e pretenso futuro edil, são citados. Uns mais de uma vez. E sem falar naqueles que, por prudência, surgem entre pseudônimos muuuito reveladores.
O talento dos autores, provado à exaustão pela necessidade de escrever um capítulo cada, com base nos mandamentos Dele, fica mais que comprovado. Não apenas tornaram possível o sonho, mas o fizeram com grande emoção. Vale a pena, creia, ir à Feira, tomar os 10 autógrafos e saboreá-lo, da primeira à última página. Ah, vale a pena!
(OBS: esse texto foi publicado, também, na versão impressa do jornal A Razão desta sexta-feira, já disponível nas bancas e com os assinantes)
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