CampanhaEleições 2010Mídia

OPINIÃO. Afinal, um dossiê do qual muitos falam (e usam) e ninguém viu nada

Tenho acompanhado essa história de “dossiê” envolvendo a família (filha, para ser mais preciso) do candidato de oposição José Serra, à Presidência da República. Reconheço: a origem, a premissa, é pra lá de viciada. Afinal, quem tratou do caso inicialmente, numa manhã de sábado, foi a ex-revista Veja (não um veículos de comunicação, mas um partido político de extrema direita, nas palavras do jornalista Marcos Rolim, em notinha no Twitter). Num roteiro já conhecido de outras vidas, virou sensação no Jornal Nacional da noite do mesmo sábado e manchete de domingo e segunda do jornal Folha de São Paulo.

Bueno, ainda assim, acompanhei. Tinha (e tenho) opinião a respeito. Mas não encontrava as palavras. Lembrei até do caso do famoso “grampo” de conversa entre um senador do DEM e do presidente do Supremo Tribunal Federal – e da qual não se conhece até hoje o teor. Mas, enfim, me faltavam termos.

Pois, agora, vou usar um clone. Escreveu exatamente o que penso, sem tirar nem por, um cara pra lá de insuspeito. Trata-se de Paulo Moreira Leite, da revista Época – das Organizações Globo. Assino embaixo tudo o que ele escreve, e passo para você, a partir de agora:

Dossiê do dossiê

Eu acho que está faltando pelo menos um adjetivo nas referências ao “dossiê contra a filha de José Serra” que ocuparam as conversas políticas e boa parte das reportagens políticas dos últimos dias.

O adjetivo pode ser suposto, hipotético ou uma palavra assim. Por que?

Porque até agora ninguém viu nem mostrou um indício de que esse dossiê existisse ou tenha existido. Não apareceu um recorde de jornal, um documento, uma gravação. Os jornais, revistas e a TV falam do dossiê. Mas não dizem aonde ele está, quem o fez, o que contém.

Num bom esforço de reportagem, a revista Época foi atrás de informações sobre a filha do candidato do PSDB. Não encontrou nada no PT nem na campanha de Dilma, apenas informações oficiais na Receita Federal e no Ministério Público do Estado de S. Paulo.

Isso prova que o PT fazia um dossiê? Eu acho que não. O que está claro, então?

Está demonstrado que o PT tentava montar um grupo de arapongas para espionar o adversário. (O leitor pode ficar chocado mas eu acho que esse é o tipo de serviço que todo mundo faz numa campanha e ninguém admite. Minha opinião é que…”

PARA LER A ÍNTEGRA, CLIQUE AQUI.

SIGA O SITÍO NO TWITTER

Artigos relacionados

ATENÇÃO


1) Sua opinião é importante. Opine! Mas, atenção: respeite as opiniões dos outros, quaisquer que sejam.

2) Fique no tema proposto pelo post, e argumente em torno dele.

3) Ofensas são terminantemente proibidas. Inclusive em relação aos autores do texto comentado, o que inclui o editor.

4) Não se utilize de letras maiúsculas (CAIXA ALTA). No mundo virtual, isso é grito. E grito não é argumento. Nunca.

5) Não esqueça: você tem responsabilidade legal pelo que escrever. Mesmo anônimo (o que o editor aceita), seu IP é identificado. E, portanto, uma ordem JUDICIAL pode obrigar o editor a divulgá-lo. Assim, comentários considerados inadequados serão vetados.


OBSERVAÇÃO FINAL:


A CP & S Comunicações Ltda é a proprietária do site. É uma empresa privada. Não é, portanto, concessão pública e, assim, tem direito legal e absoluto para aceitar ou rejeitar comentários.

Um Comentário

  1. Caro Claudemir! Em função da tua informação de que “…esse é o tipo de serviço que todo mundo faz numa campanha e ninguém admite.” não me deixou só chocado mas estarrecido com a imundície que deve ser uma campanha política. Nossa Senhora! E dizer que durante esse lamaçal (pra não dizer outra coisa) esse pessoal todo entra nas nossas casas com as caras mais inocentes e deslavadas do mundo com propostas salvadoras para todos os problemas do nosso Brasil varonil.
    O grande problema é que quando chega na hora de punir exemplarmente essa corja engravatada, seja de que lado for, aí ninguém viu nada, ninguém ouviu nada, ninguém falou nada, não sabia de nada. Quando será que o nosso país será um país sério. Será ainda neste século? Quem viver verá ou morrerá antes. Do jeito que está, é mais provável que morra antes.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Botão Voltar ao topo