IMPEACHMENT. Aposte: base do governo terá presidente e relator da Comissão Especial
Pela estratégia de confronto adotada pela base governista na CPI da Corrupção é possível fazer a afirmação do título desta nota. É correto imaginar que, na Comissão Parlamentar de Inquérito, o risco é grande – afinal, as reuniões (e sobretudo a divulgação de documentos, escritos ou em áudio) têm se transformado em palanque exclusivo da oposição, com a exposição garantida (e solitária) na mídia.
No entanto, o raciocínio pode ser diferente em relação à Comissão Especial analisada para apreciar o requerimento em que é pedido o impeachment da governadora Yeda Crusius. Ali, até evidência em contrário, não há a obrigatoriedade de grupo A ou B ter a presidência e/ou a relatoria. Logo, será tudo decidido no voto.
E aí os partidos da base do governo são maioria mais que absoluta – mesmo que o PMDB tenha indicado quatro em vez de cinco parlamentares a que teria direito. Governistas têm 17 em 29 integrantes. Logo, não há porque imaginar que (com base no comportamento na CPI) cedam à oposição um dos cargos principais. E você, o que acha?
Enquanto pensa, confira material distribuído pela Agência de Notícias da Assembléia Legislativa, em que se fica sabendo o que formalmente já está definido, inclusive a primeira reunião da Comissão do Impeachment. O texto é de Michele Limeira, com foto de Marcelo Bertani. Confira:
“Comissão especial será apreciada em plenário quarta-feira
A Comissão Especial que tratará do processo de impeachment da governadora Yeda Crusius será apreciada em plenário quarta-feira (23). O requerimento 133/2009, com a nominata, foi protocolado na última sexta-feira (18) e publicado hoje (21) no Diário Oficial da Assembleia Legislativa. Na quinta-feira (24), a nominata será publicada no Diário Oficial.
A Comissão, convocada pelo presidente da AL, Ivar Pavan (PT), reúne-se na próxima segunda-feira (28), às 13 horas, para eleger o presidente e o relator. Após, o relator tem dez dias para apresentar o seu relatório, que deverá ser apreciado pelos membros da Comissão Especial. Segundo o procurador geral da Assembleia Legislativa, Fernando Ferreira, não há indicativos na legislação sobre impeachment que estabeleça a realização de reuniões durante o período de elaboração do relatório…”
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SUGESTÃO ADICIONAL – confira aqui, se desejar, também outras reportagens produzidas e distribuídas pela Agência de Notícias da Assembléia Legislativa.
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