EIS O “PROBLEMA”! Não é o que Lula fala. Mas o fato de ser ouvido por milhões
A entrevista de Luiz Inácio Lula da Silva ao repórter Kennedy Alencar, da Folha de São Paulo, no meio da semana passada, ainda dá o que falar. Tenho para mim, que li a íntegra (se você quiser fazer o mesmo, basta clicar AQUI) que o jornalista Ricardo Amaral tem razão. Inteira razão.
E o que Amaral escreveu, entre outras coisas, é que o problema, para a mídia grandona, claramente aliada à oposição (o que é um direito dela – pena que não torne isso transparente para seu público), o importante é o acessório, e nunca o principal. Até porque, se fosse assim, o “problema” seria multiplicado.
Hein? Isso mesmo: o “problema” não é o que Lula fala, mas o fato de ser ouvido. E que com ele concordem milhões, como atestam as pesquisas. Mas, enfim, isso é só uma análise. Há outras, por certo. Para saber o que escreve Ricardo Amaral, confira o texto dele, publicado na página editada por Luis Nassif. A foto é de Ricardo Stuckert, da SCS/Pr. A seguir:
“O discurso de Lula
O problema com Lula não é falar demais; é ser ouvido por milhões
Como se esperava, a boa entrevista do Lula ao Kennedy Alencar repercute na imprensa por causa de duas irrelevâncias, destacadas pela edição da Folha: uma frase descontextualizada sobre jornalismo e uma comparação exagerada com Jesus Cristo. É mais do mesmo. Esse pessoal acha que Lula fala demais e fala bobagem. Só este ano já foram 220 entrevistas e outros tantos discursos nas mais diversas circunstâncias. É natural que deixe escapar frases infelizes, comparações inadequadas, exageros e injustiças. E daí? O dado objetivo é outro: Lula fala para dezenas de milhões, com objetividade e clareza; é ouvido e assimilado como nenhum outro presidente foi antes dele. Por isso incomoda tanto; por isso tentam repercutir o acessório e escamotear o conteúdo.
Lula é um tipo raro de político, especialmente para o convencionalíssimo padrão retórico brasileiro. Ele se expressa com sinceridade, em público e no particular. Seu discurso é uma poderosa arma política, porque costuma dizer não só o que as pessoas comuns querem, mas o que elas precisam ouvir. Para arriscar uma comparação: o Winston Churchill da Batalha da Inglaterra (já ouço o espocar dos ovos). Grandes líderes percebem que a palavra sincera pode ser mobilizadora.
O comum na política é a frase evasiva; é contornar o conflito para não agravar a realidade. Só raramente grandes políticos brasileiros usaram a retórica de forma eficaz. Leonel Brizola, depois do exílio, teve grandes momentos, mas o exemplo que me vem agora é Ulysses Guimarães, na promulgação da Carta de 1988. “Temos ódio à ditadura. Ódio e nojo”, ele disse, na cara dos generais, lembrando ao país que a obra da redemocratização ainda não estava completa…”
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