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SENSUS. Saiba o que a pesquisa mostra e a mídia esconde. E os jornais viraram irrelevantes

A mídia tradicional se esforça para mostrar à sociedade a sua importância. E tudo o mais fica em segundo plano. Assim, mesmo a contragosto, publica o resultado de uma pesquisa de opinião (e a Sensus, de agora pela manhã, é só a mais recente), no que ela talvez mais interesse ao público: a intenção de voto para Presidente da República.

Os números da pesquisa são devastadores para a mídia. Por que mostrá-los, então?

Mas a pesquisa não se constitui apenas desse ponto. E o restante, por absoluta conveniência, simplesmente é esquecido. Aliás, especiamente uma questão, feita pelos entrevistadores do Sensus, foi ignorada. Embora seja muito importante para que se compreenda um punhado de coisas. Inclusive a total irrelevância da própria mídia como “eleitora”.

Já se viu isso, aliás, em 2006, quando Lula derrotou Geraldo Alckmin e a mídia – totalmente contra ele. A tendência, agora, é uma repetição – a se transformarem em realidade os indícios que começam a ser captados.

Mas, e afinal, que importância tem a mídia nesse processo todo de formação de opinião? Nenhuma, ou quase. Isso se fica sabendo ao tomar-se conhecimento das respostas a uma das perguntas feitas na pesquisa do Sensus, e comparada a questão idêntica feita há 12 anos – em 1998.

A pergunta é: “o que você leva em conta na hora de decidir o seu voto?”. A resposta é devastadora, para os nossos midiatas (este escriba inclusive): somados televisão, jornais e rádio, o índice alcança apenas 20,2%. A TV, sozinha, fica com 13,8%. Importante, talvez, mas irrelevante para o resultado final. Ah, em 98, a influência televisiva era de 24%. E da mídia inteira, 37%.

O caso dos jornais é ainda mais devastador, para os que ainda acreditam que a imprensa escrita tenha importância no processo eleitoral. Se há 12 anos, 10% do eleitorado o levava em conta na hora de tomar uma decisão, hoje são apenas 3%. E o diabo é que eles não sabem por que. Azar o deles.

PARA LER A ÍNTEGRA DA PESQUISA SENSUS, CLIQUE AQUI.

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Um Comentário

  1. Claudemir. Com certeza este resultado tem tudo a ver com a parcialidade que a grande mídia emprega em seus artigos e editoriais, notadamente as redes de TV e grandes jornais do centro do país. Nota-se tbém em nossos jornais locais, publicam, na coluna do leitor, cartinhas de ilustres desconhecidos de São Paulo, de Curitiba, de P.Alegre, sempre contra o candidato do governo e, negam-se a publicar cartas de paroquianos porque falam algumas verdades dos candidatos deles. Perdem dia a dia mais assinantes e, acima de tudo, credibilidade. Temos que saudar, com muito entusiasmo, a Internet, o teu sítio e tantos outros que se preocupam em trazer à tona a verdade ou no mínimo o debate saudável tornando-se assim, no lugar dessa velharia, o jovem arauto da liberdade de imprensa e da democracia.
    LUCIO FLAVIO LAUTENSCHLAGER.

  2. Tem um fator que aos poucos vem ganhando importância. Foi muito importante na eleição Norte Americana, e ganha força entre os principais candidatos por aqui. Estou falando, é claro, da internet. A grande rede, inexpressiva ainda em 1998, mas que ganha muito espaço hoje. Talvez os entrevistados da pesquisa que se manifestaram na direção de que estão levando mais em conta a “OPINIÃO PRÓPRIA”, sejam, em grande parcela, os que tenham acesso à internet. Vale uma reflexão!

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