COLUNA OBSERVATÓRIO. As boas intenções de Schirmer e o confronto com a realidade financeira da comuna
Antes de mais nada, é preciso louvar a intenção do prefeito Cezar Schirmer de dotar a cidade das devidas condições para oferecer bem-estar aos santa-marienses, captar investimentos, gerar emprego e renda e, ainda, garantir mais qualidade de vida.
Nisso se inserem, para citar poucos exemplos (há mais, beem mais), a utilização do espaço doado pelo Clube 21 de Abril, a atração de empresas chinesas e uruguaias, o projeto de um autódromo e, como A Razão já noticiou nesta sexta-feira, o sonho de adquirir o prédio histórico da SUCV.
Enfim, fora a louvável iniciativa de todas as propostas, indagações se impõem: de onde sairão recursos para bancar tudo isso? Não serão do orçamento da comuna, que, desinflado do trocão do PAC (oriundo, na maior parte, do governo anterior ou, o reivindicado agora, com destino certo), está-se reduzindo? Terá a iniciativa privada local capacidade para financiar e até garantir tudo isso?
Tomara que sim. Afinal, tanto quanto o prefeito, queremos ver tangíveis essas (boas) idéias. Para o bem da comunidade.
O excelentíssimo prefeito está trabalhando ativamente para economizar as verbas necessárias às suas obras – às custas do desrespeito aos direitos adquiridos e ao arrocho salarial dos funcionários da prefeitura – vide professores municipais, que não recebem o piso nacional mínimo para a categoria e estão constantemente ameaçados de perder as conquistas garantidas pelo plano de carreira.Dinheiro disponível existe somente para comprar o apoio dos professores com prêmios pela competência (leia-se aprovação de alunos em massa, falsos índices de evasão, bons resultados nas provinhas do governo etc.). São os “ventos neoliberalizantes” soprando da direção do Piratini…