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Memória. A homenagem a Dom Ivo, em artigo do senador peemedebista Pedro Simon

Depois da confusão da Veja, lembra, que não teve topete para rever a sua esdrúxula, preconceituosa e, simplesmente, sacana subversão da trajetória do bispo emérito de Santa Maria, a memória de Dom Ivo Lorscheister é resgatada em artigo publicado pelo senador gaúcho Pedro Simon, do PMDB, no site Blog dos Blogs.

 

Entre outras coisas, o peemedebista – que também conviveu com Dom Ivo em época muito semelhante àquela do único texto publicado pela revista, numa seqüência de agressões. A diferença é que Simon, como o bispo, estava no lado da democracia.

 

No artigo, o senador lembra, entre outras coisas, que Dom Ivo foi um dos pilares da construção da Teologia da Libertação e das comunidades eclesiais de base, que não eram apenas “um novo olhar da Igreja sobre os seus fiéis, mas, a sustentação de um movimento que culminou na redemocratização do País. “ Também disse que o bispo emérito era “um soldado da paz”. E que sua “arma” era a justiça. Vale a pena ler o texto que passo a reproduzir:

“Dom Ivo, religioso e cidadão

 

O Brasil perdeu, no último dia 05, a presença física de Dom Ivo Lorscheiter. Dom Ivo era um daqueles homens de quem até a História vai sentir saudade. Daqueles seres humanos que são imortais, pela obra que fica, ao mesmo tempo em que parecem ainda mais mortais, pela falta que fazem. Daqueles que não se contentam, somente, em viver a história. Nem, tampouco, em contá-la.

Dom Ivo é daqueles que fazem a história. Do seu tempo, pelo destemor, e do tempo que há de vir, pelos exemplos.

Presidiu e foi Secretário-Geral da CNBB em um dos momentos mais cruéis da história brasileira. Não se curvou, jamais, frente aos donos, e aos inquilinos, do poder. Localizou desaparecidos políticos.

Quem não se lembra, por exemplo, do papel de Dom Ivo, nos episódios que marcaram a nossa história política, e a história da Igreja no Brasil, como o de Lillian Celiberti, seqüestrada pela repressão política, de Dom Pedro Casaldáliga, nos conflitos de terra em São Félix do Araguaia, de Dom Waldir Calheiros, em Volta Redonda e de Dom Adriano Hipólito, também seqüestrado, supostamente, por agentes de segurança, no Rio de Janeiro?

Todos eles, e muitos outros, receberam a demonstração da coragem de Dom Ivo, quando seus atos poderiam resultar, igualmente, nos castigos que o regime impunha.

Quem sabe esteja, entre esses castigos, embora velado, o fato de Dom Ivo jamais ter galgado os principais degraus da hierarquia da Igreja? Nunca chegou ao colégio de cardeais, embora reunisse todos os requisitos para tanto e assistisse a diversos de seus pares receberem a promoção que, como ele, tinham direito.

É que Dom Ivo também não se curvou às imposições da hierarquia da Igreja que fossem contrárias à sua convicção de aproximar o clero do povo e, conseqüentemente, o povo de Deus…
”

 

SE DESEJAR ler a íntegra clique aqui.

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