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FICHA DA DILMA. Que parte a Folha de São Paulo publicará? E só a da Presidente?

Antes, uma manifestação claudemiriana: sou a favor de que se abram todos os arquivos do tempo do regime militar. Atenção: toooodos. E que cada caso seja avaliado sempre tende em vista o contexto. Que foi bastante diferente do atual, para começar. Era uma ditadura. Agora uma democracia. E isso faz toda a diferença.

Dito isto, é interessantíssima a reflexão acerca do que fará a Folha de São Paulo, que insistiu e foi até à Justiça, por conta de sua pretensão, para ter à disposição a ficha da presidente eleita Dilma Rousseff. Logo a FSP, que publicou uma falsa meses atrás e não teve vergonha alguma, confessando seu “erro” apenas nas entrelinhas.

Ah, melhor do que este (nem sempre) humilde editor, quem escreve a respeito é o jornalista carioca  Mair Pena Neto – que conhece a mídia grandona por dentro, tendo trabalhado n’O Globo, no Jornal do Brasil (onde editou política e reportou economia) e na agência de notícias britânica Reuters, entre outros veículos.

O texto é publicado originalmente no sítio “Direto da Redação”, editado pelos jornalistas Leila Cordeiro e Eliaquim Araújo. Acompanhe:

Qual será a manchete da Folha?

Qual será a manchete da Folha de S.Paulo quando tiver acesso aos autos do processo da ditadura contra a presidente eleita Dilma Rousseff, garantido pelos ministros do Superior Tribunal Militar? “Dilma participou do assalto a cofre de Ademar de Barros”, “Dilma tomou parte de assalto a banco que resultou na morte de inocentes”, “Dilma delatou companheiros”?

Qualquer que seja a escolha do jornal paulista diante do que poderá constar no processo, qual será a intenção de publicá-la? Fiz a mesma pergunta aqui neste espaço, antes do segundo turno das eleições presidenciais, quando estava evidente o objetivo da Folha de tentar interferir na votação de 31 de outubro com algum fato que pudesse macular a imagem da então candidata. E a repito agora, com Dilma eleita, para tentar compreender até onde está disposto a ir o jornal na sanha de deslegitimar a candidata escolhida pela maioria do povo brasileiro.

Não há nenhum problema em recuperar o passado de pessoas públicas, mesmo que este as denigra, desde que baseado em fatos e fontes confiáveis. Apresentar o papa Bento 16 como ex-integrante da juventude nazista, por exemplo, é indiscutível, pois imagens e registros atestados historicamente o comprovam. Isso não impede que os católicos o reconheçam como líder máximo da sua Igreja, contextualizando o ocorrido no tempo e no espaço.

O problema no caso de Dilma é que a Folha parece afoita em dar vazão a registros que foram obtidos em circunstâncias excepcionais. Dilma não compareceu a uma delegacia para prestar esclarecimentos, acompanhada de seu advogado, e nem respondeu a um processo legítimo. Muito do que consta nos autos de seu processo provavelmente foi obtido enquanto estava pendurada num pau de arara ou sentada na cadeira do dragão sendo barbaramente torturada…”

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Um Comentário

  1. “Não há nenhum problema em recuperar o passado de pessoas públicas, mesmo que este as (denigra), desde que baseado em fatos e fontes confiáveis. ”

    Pôxa que paragrafo mais racista. Em pleno da Dia da Consciência Negra, jornalistas desse quilate usam denegrir! Acredito que seja apenas um ato infeliz dos comunicadores.

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