SEGUNDO ESCALÃO. Dilma admite indicação de partidos. Mas cargos técnicos são… para técnicos
A grande realidade é que Dilma Rousseff está surpreendendo muitos dos que a substimaram. Inclusive os políticos de carteirinha, que imaginavam ver uma neófita, que chegou agora à primeira disputa eleitoral, ser permeável à atuação histórica da maioria deles.
Pois bem, a Presidente está oferecendo ao distinto público capacidade de entender o momento (não correr riscos, por exemplo, na eleição para a direção da Câmara dos Deputados) e emparedar o “fogo amigo”, dizendo que nomeações importantes só acontecem agora, em fevereiro.
E mais: como mostra material publicado originalmente n’O Globo, Dilma quer que os partidos indiquem nomes para o segundo escalão e os apadrinhem, mas faz questão de que sejam técnicos e entendam do riscado. Por essa, muitos não esperavam. Ah, reportagem é de Gerson Camarotti e Cristiana Jungblut, reproduzida por Ricardo Noblat. Confira:
“Começa a divisão do 2° escalão do governo Dilma…
… O Palácio do Planalto decidiu estabelecer um novo critério para iniciar o loteamento político do segundo escalão, depois da eleição para as presidências da Câmara e do Senado, amanhã: a divisão dos cargos será feita proporcionalmente ao mapa de poder real de cada partido no novo Congresso que assume esta semana.
Parlamentares derrotados nas eleições e sem voz não terão vez na partilha. Essa estratégia foi acertada com a presidente Dilma Rousseff pelo chefe da Casa Civil, ministro Antonio Palocci. As escolhas começam a ser definidas esta semana.
A demora para o início das negociações foi motivada pelo temor do governo de fazer uma distribuição antecipada dos principais órgãos e estatais sem ter a garantia de votos correspondentes. Como houve renovação superior a 40%, a ordem é atender a quem tem voto. Com isso, a ideia é evitar o loteamento dos principais cargos com derrotados…”
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