COLUNA OBSERVATÓRIO. PDT só tem um nome. Eis o grande problema do partido do falecido Dr Leonel
O jornalista e radialista Vicente Bisogno, descontente (mas não só isso) com os rumos de sua sigla, o PDT, decidiu, há cerca de três anos, afastar-se da política partidária. Era, então, disparado, o principal nome do pedetismo santa-mariense, imerso em crise permanente, com disputas sempre renhidas. Essas, é possível afirmar com convicção, em nada ajudaram no crescimento do partido fundado pelo Doutor Leonel.
Hoje, o principal nome do PDT é Marcelo Bisogno, também radialista. Não há dúvida de sua importância e do trabalho que realiza. E tem uma facilidade adicional: boa parte dos descontentes se mandou, inclusive alegando (entre outros motivos) falta de espaço para crescer.
O problema é que, embora isso longe está de ser exclusividade do pedetismo, só Bisogno tem cacife político no pedetismo. É, a rigor, nome único. Outros têm vontade. E mais nada. É um complicador e tanto, na hora de a onça beber água. Isto é, em 2012. O atual secretário municipal de Controle Mobilidade Urbana terá que se virar sozinho, para segurar as cores do PDT. A menos que exista uma carta (hoje imperceptível) na manga.
Culpas? Bueno, isso é com os militantes, que não puderam (ou souberam) abrir caminho para mais lideranças. Menos mal, para quem gosta da política, que se nota, ainda com muito pouca nitidez, a busca de soluções para os históricos conflitos pedetistas.
EM TEMPO: parece evidente que, no que toca à sucessão municipal, o PDT se encaminha para uma aliança formal com o PMDB, apoiando a reeleição de Cezar Schirmer. Resta ver a coligação (se a lei ainda permitir) no pleito proporcional. Que é vital para os propósitos pedetistas de voltar a ter bancada no parlamento da comuna.
Lamentável o partido do Dr. Brizola, o maria-vai-com-as-outras-por-um-carguinho. Em breve desaparecerá.
O Marcelo Bisogno é o cara porque o PDT daqui tá quebrado e isso me parece óbvio.