A PAIXÃO POR UMA CIDADE (39). Walter Jobim Neto até já saiu da cidade. Mas nunca perdeu o vínculo com Santa Maria
Por LICIANE BRUN (texto) e MAIARA BERSCH (foto)
Walter Jobim Neto, 66 anos, saiu de sua cidade natal, Santa Maria, em dois períodos: quando cursou a faculdade de Direito, na década de 60, e depois, quando foi desembargador, de 1996 até 2004. Mesmo nesse tempo, não perdeu o vínculo com Santa Maria. “Gosto muito de Porto Alegre, mas tem problemas demais. Acho que aqui a nossa cidade está de um tamanho bom pra se viver”, comenta.
Entre as inúmeras qualidades que lista da cidade natal, Jobim Neto enfatiza a qualidade na educação, pela maior oferta de cursos superiores por habitante no Brasil. “Há também boa alimentação e diversão, cinemas, teatros, clubes sociais”. Para ele, a qualidade de vida é muito boa, com relativa segurança. E acrescenta: “O grande número de estudantes torna uma cidade movimentada e alegre. Trata-se de uma cidade de tamanho ideal para se viver. Há de tudo, pois sua vocação sempre foi a prestação de serviços”.
Jobim Neto ainda enfatiza inúmeros pontos positivos na cidade: na cultura, o Theatro, a feira do livro, a academia literária e as Belas Artes, com boas exposições. Além disso, destaca o que considera uma qualidade inigualável: a beleza de suas mulheres. “Costumava a dizer a amigos, no meu tempo de Porto Alegre, quando se comentava sobre concursos de beleza: Tem candidata de Santa Maria? Então, nem julga. Dá logo o título pra ela e não percam mais tempo”, revela.
Quando a questão é se continuará vivendo em Santa Maria, o desembargador é enfático: “Ora, aqui vivi e vivo. Aqui criei meus filhos e estou vendo meus seis netos crescendo e se formando para a vida. Aqui tenho amigos de infância de quem sou próximo até hoje. Tudo isso me faz não pretender jamais sair da cidade. Minha mulher, que é porto-alegrense e que só conheceu a cidade após o noivado, afirma que se considera mais santa-mariense do que eu, e que também não quer sair daqui”.
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