COLUNA OBSERVATÓRIO. Werner, Maciel e suas circunstâncias. E o que há de comum na atitude deles
Em 2003, Werner deixou o PMDB. O mesmo do qual Maciel ameaça sair agora
A última vez que um figurão (mas figurão, meeeesmo) trocou de partido na undécima hora, em condições de concorrer ao pleito seguinte já em casa nova, foi em 2003, setembro. Na ocasião, depois de uma bem urdida negociação, que envolveu o jornalista e ex-vereador Beto São Pedro, o então peemedebista Werner Rempel foi para o PT – pelo qual se candidataria (e venceria) a vice-prefeito, no segundo mandato de Valdeci Oliveira.
É bom rememorar que, à época, sair de uma agremiação não significava (para quem o tivesse) perder o mandato. Bem diferente de agora, quando se mandar sem perder o mandato é uma missa a ser rezada nos tribunais, com escassas chances do perdão legal. Então, é bem mais difícil.
Mais, muuuito mais fácil, é pescar em sanga alheia, mas o peixe não pode ter sido ungido pelo povo. Há, sim, nomes nessas condições. E muitos, creia, estão sendo devidamente cantados pelas lideranças partidárias, passando por nem sempre simples sessões de proselitismo doutrinário.
Dito isto, aos fatos. Até agora, ainda que importantes, os apoios amealhados pelas siglas podem concorrer à vereança, no máximo. Vôos maiores não se percebem. Exceto… Sim, exceto João Carlos Maciel. No entanto, e tão certo quanto você está lendo este texto: Maciel continua vereador talvez até bem perto do final do mandato, por conta dos recursos judiciais possíveis. Mas o perderá, inevitavelmente, se trocar de partido.
E, de mais a mais, essa história de o campeão de votos se mandar no rumo do PSB, por mais que se insista nisso, tem muito mais cara de tentativa de resolver insatisfações internas no governismo do que qualquer outra coisa.
A menos… A menos que seja cortina de fumaça. Mmmmmm…
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