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ANÁLISE. O fim dos anos de chumbo, a busca “do salvador” e a defesa da democracia

Ainda a propósito do tema levantado pelo Promotor de Justiça João Marcos Adede y Castro, em artigo publicado na manhã de hoje (releia AQUI, se desejar), o advogado Ronald Martins Gausmann envia texto que trata de uma questão mais adiante. Pelo menos na interpretação deste editor. Confira você mesmo, a seguir:

Democracia

POR Ronald Martins Gausmann

Cumprindo o que destaquei no comentário ao texto do respeitado ADEDE Y CASTRO sobre segurança pública, entrincheiro-me na resistência de uma democracia mais verdadeira, palpável e desafeta ao positivismo kelseniano, que teima em cristalizar tudo e a todos num plano ideal e irreal do quotidiano.

Passados há pouco os “anos de chumbo”, onde a exceção virou regra e pro escambau com os mais comezinhos princípios do Direito, um imenso contingente de cidadãos desavisados achou que a abertura democrática e as “diretas já” dariam conta de todo o resto. Eu falei resto?

Como no tempo de Noé – logo ali – muitos desses incautos batem à porta da arca à procura de um salvador – que até um tempo atrás atendia pelo nome de Lula ou mesmo de FHC, Mãe Dinah, STF… Alguma coisa assim.

Pois bem, bonito é só o nome: democracia! Não é à toa que os verdadeiros radicais apaixonam-se pelo centralismo das decisões, por um pseudo pacto federativo e pela política de pão e circo. Qualquer coisa é mais fácil do que navegar nas águas dessa forma de exercício do poder político.

Quando pais matam filhos, filhos passam fome, corruptos são mais corruptos, igrejas vendem o céu, isso tudo são sinais dos tempos. Tempos de uma democracia rasa, inocente, precária e atordoada.

Nada mais difícil, árido, complexo e gratificante do que a democracia. Foi por sua causa que tantos foram covardemente assassinados, calados e vilipendiados. Valeu a conquista e hoje, mais e mais, temos todos que enfrentar as imperfeições da nossa sociedade.

Existe um acordo maior, entre todos, chamado pacto social. Esse acordo tem seus vícios, seus defeitos, suas mazelas; assim como tem seus bônus, com a autonomia de vontade, com os bens públicos, com os direitos difusos e toda a engenharia da liberdade condicionada a um contrato social.

Não há nada de novo. Fome, peste, violência, desamor, vício, corrupção, sempre existiram. A conquista da democracia é apenas parte da caminhada. Seu exercício, sua qualificação e seus frutos são a outra parte, nada menos importante. Para isso, a democracia é muito democrática: depende de mim, de ti, de nós, de vós e deles também!”

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2 Comentários

  1. Ronaldo, posso copiar teu texto, roubando-o do Claudemir (será de segunda mão a notícia, amigo!)e publicá-lo em meu modestíssimo blog? Não é a mesma coisa que publicar no site do Claudemir, este é poderoso, mas…

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