Claudemir Pereira

PATRIÓTICO. “Não podemos continuar louvando apenas as glórias do passado”, analisa Orlando Fonseca

“Quando o Osório Duque Estrada escreveu a letra do hino nacional, nem se cogitava de uma tal “opinião pública”. Só decidiam pelo país os letrados, os endinheirados, os livres; mulher não votava, pobre não dava pitaco. Então, o que seria hoje o brado retumbante de um povo heroico, que as margens plácidas do Ipiranga ouviriam? Bem, pra começar, o riacho Ipiranga já não ouve mais nada. Os heroísmos, se não deram em bravatas, são gestos mais para o espetáculo do que para o bem da Pátria, mãe gentil – a qual, para alguns (que usufruem impunemente de sua herança) não passa de uma velha senhora depositada num asilo para idosos.

O que retumba hoje em dia é o que a mídia amplifica: e dá pra confiar no que ela faz ecoar? Ao povo restaria ainda algum resquício de heroicidade? Tenho pra mim que apareceria na tela do Pedro Américo como aquele tropeiro figurante que olha a pose do nosso libertador, não se sabe se admirado ou apavorado. Talvez não estivesse sequer do lado de cá, entre os que admiram o quadro, quem sabe, como na canção do Zé Ramalho, estaria bovinamente curtindo a sua “vida de gado”…”

CLIQUE AQUI para ler a íntegra da crônica “Brado retumbante”, de Orlando Fonseca, e também para descobrir qual o livro o autor está lendo. Orlando é professor titular da UFSM – aposentado, Doutor em Teoria da Literatura, PUC-RS, e Mestre em Literatura Brasileira, UFSM. Exerceu os cargos de Secretário de Cultura na Prefeitura de Santa Maria e de Pró-Reitor de Graduação da UFSM. Escritor, tem vários livros publicados, foi cronista dos Jornais A Razão e Diário de Santa Maria. Tem vários prêmios literários, destaque para o Prêmio Adolfo Aizen, da União Brasileira de Escritores, pela novela Da noite para o dia, WS Editor; também finalista no Prêmio Açorianos, da Prefeitura de Porto Alegre, pelo mesmo livro, em 2002.

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