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BASTIDORES. Indignação do presidente, a vitória certa de Valdir, aplicativos em 2022 e escola cívico-militar

Comissão especial apresentou parecer contrário ao aditivo com a Corsan

João Ricardo Vargas disse que o prefeito desrespeitou a Câmara em função da assinatura do aditivo com a Corsan (Foto Reprodução)

Por Maiquel Rosauro

Uma vergonha. Foi assim que o presidente da Câmara de Vereadores de Santa Maria, João Ricardo Vargas (PP), resumiu a assinatura do aditivo de contrato com a Corsan, exercido pelo prefeito Jorge Pozzobom (PSDB) na semana passada.

Vargas disse que levou, pessoalmente, ao Executivo o relatório final da comissão especial do Parlamento que tratou do tema. O documento sugere ao prefeito não assinar o aditivo.

“Eles riram da minha cara. No outro dia estava lá o prefeito com o senhor governador rindo (na assinatura do aditivo). Assim é tratada essa Casa Legislativa”, disse Vargas.

A comissão que tratava do assunto era formada por Valdir Oliveira (PT), presidente; Paulo Ricardo Pedroso (PSB), vice-presidente; e Getulio de Vargas (Republicanos), relator.

Mesa

A eleição da Mesa Diretora, em 28 de dezembro, será uma mera formalidade. O atual grupo que governa a Casa largou a toalha e já fala abertamente na vitória de Valdir. Foi o que fez Vargas durante seu discurso inflamado sobre a Corsan.

“Eu peço vereador Valdir, já que faltam praticamente 10 dias para vossa excelência assumir esta Casa, eu lhe peço, tente fazer mais do que este vereador. Agora lhe digo, estarei ao seu lado. A partir do momento em que essa Casa é desrespeitada, os 21 vereadores são desrespeitados sim”, disse Vargas.

Tubias Calil (MDB), também tratando sobre a Corsan, disse que a relação entre a Câmara e a Prefeitura pode mudar, já que PT e PSDB estão se acertando para controlar o Parlamento. Em um discurso bem-humorado, ele alertou Valdir e a vereadora Luci Duartes – Tia da Moto (PT) sobre a aproximação com os tucanos.

“Vão ser parceiros (PT e PSDB), talvez mude a relação vereador Valdir, vossa excelência será nosso presidente. O senhor não empene muito, os tucanos não são fáceis. A estrela não pode criar pena, tem que ser “star”, luz. Cuidado! Dá tempo ainda vereador Valdir, vereadora Luci querida. Cuidado”, disse Tubias.

Para rebater Tubias, Admar Pozzobom (PSDB) também apostou no bom humor. O tucano disse que Valdir não vai “cair no conto do vigário” e resgatou a legislatura de 2016, quando a Casa foi governada por Luiz Carlos Fort (PT) com apoio de PMDB e PSDB.

“Vereador Fort, do PT, presidente desta Casa e o PMDB estava com a gente. Mas isso não é surpresa para ninguém porque o MDB “donde hay gobierno estoy dentro”. E o vereador Tubias vem dizer que o PSDB não é fácil”, disse Admar.

Aplicativos

O governo Pozzobom retirou de tramitação o projeto de lei que estabelece as normas gerais para o serviço de transporte por aplicativos. O tema, debatido no Parlamento desde 2019, vai ficar para 2022.

Escola Cívico-Militar

O projeto do Executivo que cria a primeira escola Cívico-Militar no município foi aprovado pelos vereadores, em sessão extraordinária, às 22h12min desta terça-feira (21). A proposta recebeu cinco votos contrários: Luci Duartes – Tia da Moto (PDT), Werner Rempel (PCdoB), Marina Callegaro (PT), Ricardo Blattes (PT) e Valdir Oliveira (PT).

A iniciativa estabelece que a Escola Municipal de Ensino Fundamental Nossa Senhora da Conceição passará a se chamar Escola Municipal de Ensino Fundamental Cívico-Militar Nossa Senhora da Conceição.

Será criado o cargo de “monitor cívico-militar”, a partir de convênio com o Estado, cuja função será exercida por servidores militares da reserva remunerada.

O monitor terá a responsabilidade de coordenar atividades cívicas diárias, externas à sala de aula, como atuar preventivamente na identificação de problemas que possam influenciar no aprendizado e convivência social do cidadão em desenvolvimento; aplicar as sanções e recompensas previstas em regulamento próprio, de forma a preparar o aluno para as responsabilidades da vida adulta; entre outras.

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2 Comentários

  1. Aplicativo? Guarda Municipal já tinha um telefone 24 horas. Site da prefeitura já tinha informações e procedimentos para tributos. Idem para troca de lampadas. Buracos até onde sei era coisa de requerimentos de vereadores. Tudo agora foi concentrado no tal ‘app’ marketeiro de Cladistone, o indigesto (que usou a pandemia para se promover, coisa que os puxa-sacos não assimilam). Só que jogar tudo no aplicativo não resolve. É uma conveniencia/facilidade, mas não é avanço, tampouco ‘inovação’. A velocidade de troca das lampadas da iluminação publica não vai melhorar. Os buracos das ruas não serão tapados mais frequentemente. Como pintar a fachada do paço municipal. Fica mais vistoso, mas lá dentro nada muda. E o pacote de dados é o do/da cidadão(ã). Menos marketing e mais resultados.

  2. Contrato com a Corsan tinha uma multa de 200 milhões ou mais. Sumiu. Depois da assinatura do aditivo um catatau de numeros para confundir a plateia. Valores que serão utilizados inclusive para cumprir metas. O contrato era bom para a cidade. Querem vender a ideia de que ‘a cidade terá mais vantagens’. Ou seja, o comprador na privatização terá ‘mais obrigações a cumprir e valores a desembolsar’. Só muito otário para acreditar numa lorota destas.

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