Foram seis ou sete debates mais ou menos massivos, ao longo da campanha eleitoral iniciada em 6 de julho. Desconto, aqui, aqueles promovidos por segmentos bastante específicos e que, obviamente, privilegiaram temas mais restritos. Se estes foram somados, é provável que cheguemos a mais de uma dúzia.

Exceção feita, consta, ao realizado no início da semana, pela TV Campus, que o está reproduzindo hoje, as escaramuças entre os concorrentes não passaram disso mesmo, escaramuças. Nada que pudesse, por exemplo, determinar mudança de voto de um número significativo de eleitores. Inclusive porque a maior parte desses encontros ou foi muito cedo, na campanha, ou para concentração limitada de espectadores e/ou ouvintes.

Dito isto, considero o debate que acontece na noite desta quinta-feira, na RBS-TV, como absolutamente decisivo para a eleição de domingo. Inclusive porque é o último, mas sobretudo porque, se é verdade que há um contingente expressivo de indecisos, estarão todos diante do aparelho de televisão. E têm que ser conquistados, seja por quem está na dianteira (para se garantir) ou por quem vem atrás (para ter chance de virar).

Dito isto, é possível supor que a postura de Sandra Feltrin, Cezar Schirmer e Paulo Pimenta será naturalmente mais aguerrida e decidida. E, quem sabe, temas até agora não surgidos, ou apenas sussurrados, ou até (propositalmente) insinuados, terão que vir a luz. Ou não virão mais. Resumindo: a hora é esta. Não haverá outra, de tamanho significado.