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Joaquim Barbosa: um herói nacional – por Daniel Arruda Coronel

Nos últimos dias, as redes sociais foram praticamente “inundadas” por mensagens e elogios ao Ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa, pela sua atuação e firmeza no julgamento do “mensalão”. Dentre as várias mensagens, a que mais está “ecoando” nas redes sociais é a seguinte: “Batman é para os fracos. O meu herói é negão, usa toga preta e está em Brasília, lutando contra os maiores vilões da história do Brasil”.

O fato de o Ministro Joaquim Barbosa ser considerado um herói nacional não é ao acaso, mas, sim, devido ao momento político, cultural e social do país, visto que o futebol, a maior paixão do brasileiro, há muito tempo renega momentos de alegrias e espírito cívico ao povo brasileiro; a nossa classe intelectual, que deveria estar viva e altiva, está num silêncio obsequioso quase de concordância com as mazelas pelas quais passa a maioria do povo brasileiro, e os nossos políticos, com raras e dignas exceções, só trazem desgostos e decepções ao já sofrido povo.

Neste contexto, o fato de um negro de família pobre e humilde ter galgado toda uma carreira acadêmica (Mestrado e Doutorado) e jurídica, sem nenhuma mácula, sem nenhum privilégio, graças à sua competência e trabalho, e ao ocupar o cargo de Ministro na mais alta corte do país, querer aplicar a lei, não ao ladrão de galinha, ou ao pai de família que roubou o remédio para seu filho, mas, sim, a homens que há menos de seis anos frequentavam as altas rodas do poder e ditavam os rumos econômicos e sociais do país e agiam como verdadeiros donos do Estado, com certeza é motivo de orgulho e honra para quem sonha em ver um país mais justo, fraterno e soberano.

O que o ministro Barbosa está fazendo não é nada além de sua obrigação como magistrado da mais alta corte do país, contudo, em um país que, infelizmente, nos últimos tempos, anda sem heróis nos esportes, com descrença nos políticos e nas instituições brasileiras, quando a sociedade se depara com um barnabé lutando contra o mau uso do erário público, é mais do que natural que ela se encha de orgulho e de júbilo e torça para que ele não esmoreça e que a Suprema Corte do país não falhe e não traia os anseios do povo brasileiro, que clama por justiça em relação a um dos maiores desvios de dinheiro público da história democrática brasileira e que finalmente os culpados tenham a mesma “sorte” do ladrão de galinhas.

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