OBSERVATÓRIO. Tem a turma que, somada, obteve 80 mil votos. E há a dos 9,5 mil. Quem vai mandar?

Schirmer negará. Mas, para ele, fundamental é acertar com os grandões

A soma dos votos de PMDB/PP/PDT/PTB/DEM, as principais siglas de sustentação do governo reeleito de Cezar Schirmer e José Farret, alcança exatos 80.381. As outras 10 siglas (PSB/PR/PTC/PRB/PCdoB/PPS/PSC/PV/PHS/PSL) que apoiaram a dobradinha  e tiveram candidatos à Câmara obtiveram, juntas, 9.523 votos.

Contra números, os argumentos escasseiam. E é com eles que Schirmer trabalha para montar o novo secretariado. E enfrenta pressões. Agora, a pergunta (reproduzida ao colunista por um líder com acesso direto a Schirmer): um partido como o PHS, com 15 votos, ou o PSL, com 14, podem exigir algo? Ou mesmo o PV, que fez míseros 270 votos? É, pooois é. Até o tempo cedido para a propaganda eleitoral perde relevância.

Essas siglas terão cargo? Talvez sim, provavelmente não. Dependerá do apetite dos maiores. E estes, sim, precisam ser administrados. Há preocupação, no governismo, com os “arroubos” (o termo é outro, mas o colunista teve um ataque de elegância e substituiu o original) provenientes especialmente do DEM, cuja participação no governo atual, é consenso, está superestimada. É?

Desenhando: o prefeito Cezar Schirmer, e isso só depois de voltar da viagem à Europa, que começa no próximo sábado e termina dia 18, vai, antes de tudo, decidir o espaço dos grandões. No caso, PMDB e PP. Em seguida, tratará com o PDT – por conta de Marcelo Bisogno e sua frota de caminhões lotada de votos. Mais adiante, cuidará do DEM e do PTB, sócios minoritários no bloco dos 80 mil votos conquistados pelo quinteto principal.

Quanto sobrará aos demais? Hoje, ninguém sabe. Mas será quase nada. É mera questão de relevância. Só isso. Que é tudo, em política.