OBSERVATÓRIO. Sim, tragédia provocará muitas consequências na gestão pública e na política de SM

Luneta

Após a tragédia que abalou para sempre Santa Maria, ninguém tem condições de medir, ainda, as consequências para a gestão pública e a política da boca do monte.

Nem mesmo o inquérito policial, agora, e as denúncias do Ministério Público, mais adiante, serão capazes, sozinhos, de indicar isso.

Mas há algo sobre o que todos têm convicção: haverá, sim, efeitos. Não se sabe quais nem para quem. Exceto que haverá.

Partidos da base governista estão totalmente encolhidos. Ninguém tem coragem de tocar no assunto que mais lhes interessava, antes de 27 de janeiro.

Esse é um efeito colateral da tragédia. E que o prefeito vai usar (presume-se) quando e se resolver levar adiante a reforma administrativa.

O fato é que, neste momento, ninguém deixa o secretariado. Seja porque o prefeito não afastará ninguém, seja porque os que gostariam de sair não farão isso agora.

Anuncia-se para o meio desta semana o fim da primeira fase do inquérito (que deverá ter seu prazo inevitavelmente prorrogado) da Polícia Civil sobre a tragédia da Kiss.

Qualquer tentativa de antecipar nomes de indiciados e as razões para isso serão apenas especulação. Poderão ter até base, mas não passarão de chute.

Não obstante essa circunstância, ou até por causa dela, é inevitável o nervosismo que se percebe no ar. Sim, porque além dos óbvios, há nomes ainda indefinidos.

Pregação do “impeachment” de Cezar Schirmer, que circulou pelas redes sociais, cá entre nós, é uma rematada bobagem. Totalmente sem sentido.

Isso não quer dizer que autoridades locais e estaduais estão livres de responsabilização. Mas não agora. Traduzindo: eventuais ações apenas acontecerão via Ministério Público.

Agradecimento especial ao colega Luiz Roese. Ele assumiu com o bonde andando, e mesmo assim produziu a excelente coluna Observatório da semana passada. Gracias!

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