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Gente, eu tento – por Daiani Ferrari

Eu tento ser mais menininha, andar sempre de cabelo bem escovado, maquiada (coisa básica, que fique claro), com uma roupa bonitinha, bem cortada, tudo combinando, mas não dá. Eu não nasci para isso. Mas eu me esforço, juro.

Sou cliente fiel de lojas de maquiagens e cuidados com o corpo, sempre saio delas com alguma coisinha nova, um lançamento, edição limitada e que produz efeitos fantásticos, mas a única coisa que uso é o xampu. Tenho uma necessaire que daria inveja em qualquer pessoa que queira uma para uso diário e não profissional. Para nada. Acho que a última vez que passei rímel preto foi para uma formatura no mês de março.

Ter essa fama de menina-menino rende algumas situações e engraçadas. Dia desses uma colega de trabalho me indicou algumas cores de sombra, que ficariam muito bem no meu tom de pele e dariam um “up” no meu visual, “sempre tão caidinho”. Oi?

Para completar, em outro dia, quando resolvi colocar um sapato de salto, tive que ouvir a seguinte frase:

– Nossa, é a primeira vez que te vejo usando um sapato de mulher. O dia em que eu usar sapatos iguais aos que tu costumas usar, me internem.

Em minha defesa, no dia a dia eu uso sapatilha, slliper, chanel (infelizmente, não aquele Chanel), oxford e o velho e bom tênis. Sapatos sem salto que proporcionam um conforto sem igual. E eu garanto que eu já investi um bom dinheiro para pisar legal (lá vem a louca dos sapatos). Ou seja, não mexa com os meus mimos.

Algumas coisas têm jeito, menos o meu cabelo. Ele já tem corte de menino porque detesto ficar usando secador, fazendo escova ou chapinha. Só lavo e deu. No máximo um creminho para baixar algum fio mais rebelde. E isso em casos raros. Dia desses, chegou uma moça no cartório, abaixou-se no balcão e disse:

–   Moça, deixa te dar uma ajudinha. Tem umas guampinhas no teu cabelo.

Essa quase acabou comigo. Só não foi pior que o dia em que uma moça passou por mim enquanto eu caminhava, colocou meio corpo para fora do carro e gritou:

–   Não adianta. Desiste.

É. Às vezes, acho mesmo que deveria ter nascido menino.

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