Eleições 2014PartidosPolítica

ELEIÇÕES 2014. Efeitos (não bons), para Dilma, da saída do PSB e criação do PROS e do Solidariedade

Uma coisa é certa, ou parece certa, faltando um ano para o pleito e nove meses para as convenções definidoras das candidaturas para Presidente da República: a dobradinha PT/PMDB, liderada por Dilma Rousseff e Michel Temer, perderá pelo menos dois minutos diários na propaganda de rádio e na televisão. Seriam os do PSB, que terá (é o que tudo indica) Eduardo Campos como candidato. E não levará outros dois, os do Solidariedade, partido recém-criado e que já disse estará na oposição – não se sabe ainda com quem.

Em todo caso, o PROS, aparentemente, se coloca no lado do governo e de Dilma. Mas ainda há a incerta questão do partido Rede, de Marina Silva, ainda não formalizado pelo Tribunal Superior Eleitoral. De tudo isso, e numa espécie de balanço do momento (que sempre pode mudar, em qualquer direção), vale a pena conferir material publicado na edição da revista IstoÉ, que está nas bancas. A reportagem é de Claudio Dantas Siqueira. A seguir:

A base encolheu

… Às vésperas do fim do prazo para filiações, o governo federal observa com apreensão as mudanças partidárias decorrentes da criação de novas legendas. Na última semana, dois partidos foram homologados pelo TSE, o Partido Republicano da Ordem Social (PROS) e o Solidariedade. A criação das siglas provocou os primeiros efeitos colaterais para a campanha de Dilma Rousseff à reeleição: a perda de tempo de tevê no horário eleitoral e dificuldades na articulação dos palanques estaduais.

A outra consequência, considerada natural até por articuladores políticos do Planalto, é o encolhimento da base governista no Congresso. Não bastasse o distanciamento do PSB de Eduardo Campos da bancada aliada, anunciada há duas semanas, o partido de Paulinho da Força tende a servir de polo de atração para parlamentares insatisfeitos com os rumos do governo. O PDT poderá perder ao menos seis deputados e um senador para o Solidariedade. O mesmo pode ocorrer com o PMDB e o PR. A estimativa mais otimista aponta para uma debandada de até 50 deputados, o que significa 10% da composição da Câmara.

O desmantelamento do grupo fiel a Dilma se acelera justamente por conta da eleição de 2014. Sem o espaço almejado no governo petista, vislumbrando uma perspectiva de poder na oposição e movidos por vantagens financeiras oriundas do Fundo Partidário, muitos parlamentares têm preferido se bandear para o outro lado da trincheira. O sistema de distribuição de verba do Fundo Partidário, que anima o mercado de siglas e mandatos, é uma das anomalias do atual sistema político.

O rateio do dinheiro é proporcional ao número de votos de cada deputado, algo em torno de R$ 3 a R$ 3,80. Isso significa que os novatos Solidariedade e o PROS devem receber juntos mais de R$ 30 milhões por ano. Paulinho, que espera lucrar R$ 22 milhões, deve repassar 37,5% do fundo aos deputados recém-egressos ao partido. Dos R$ 14 milhões do PROS, 60% serão distribuídos aos novos integrantes.

“Estou levando 72 mil votos, então receberia 60%”, explica o deputado Ademir Camilo (MG), que pretende trocar o PSD pelo PROS. Ele calcula que levará cerca de R$ 270 mil. Legalmente, esse dinheiro deve ser direcionado à infraestrutura das siglas, mas não é o que ocorre. Acaba abastecendo os cofres de campanha – já que não há transparência no uso desses recursos, oriundos do Orçamento e de multas da Justiça Eleitoral…”

PARA LER A ÍNTEGRA, CLIQUE AQUI.

 

Artigos relacionados

ATENÇÃO


1) Sua opinião é importante. Opine! Mas, atenção: respeite as opiniões dos outros, quaisquer que sejam.

2) Fique no tema proposto pelo post, e argumente em torno dele.

3) Ofensas são terminantemente proibidas. Inclusive em relação aos autores do texto comentado, o que inclui o editor.

4) Não se utilize de letras maiúsculas (CAIXA ALTA). No mundo virtual, isso é grito. E grito não é argumento. Nunca.

5) Não esqueça: você tem responsabilidade legal pelo que escrever. Mesmo anônimo (o que o editor aceita), seu IP é identificado. E, portanto, uma ordem JUDICIAL pode obrigar o editor a divulgá-lo. Assim, comentários considerados inadequados serão vetados.


OBSERVAÇÃO FINAL:


A CP & S Comunicações Ltda é a proprietária do site. É uma empresa privada. Não é, portanto, concessão pública e, assim, tem direito legal e absoluto para aceitar ou rejeitar comentários.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Botão Voltar ao topo