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KISS. Os nove meses lembrados na zona oeste. E, desta vez, com dois ‘minutos do barulho’. Mas não só

Áurea e a lembrança do filho Luiz Eduardo, que tinha 24 anos: “hoje me senti abençoada”
Áurea e a lembrança do filho Luiz Eduardo, que tinha 24 anos: “hoje me senti abençoada”

kiss seloImpressiona, mesmo a quem está aqui, vivendo o pós-tragédia, a mobilização dos familiares das vítimas da tragédia. Por uma circunstância, inesperada talvez, houve até dois minutos do barulho, para lembrar os nove meses decorridos desde 27 de janeiro. E mais: o ato, já tradicional, desta vez foi para a zona oeste da cidade – o que emocionou particularmente uma das moradoras da Vila Caramelo, que perdeu um filho de 24 anos, que se somou às outras 241 vítimas fatais, além de mais de 600 feridos que sobreviveram.

Para contar o que aconteceu nesta tarde, confira o material produzido (em texto e fotos) pelo repórter Luiz Roese, do jornal A Razão e do portal Terra. A seguir:

Minuto do barulho, uma tradição que emociona. E não deixa esquecer os 242 que morreram
Minuto do barulho, uma tradição que emociona. E não deixa esquecer os 242 que morreram

Familiares de vítimas da Kiss fazem dois “minutos do barulho” para marcar os nove meses da tragédia

Os tradicionais eventos do “aniversário” da tragédia na Boate Kiss em Santa Maria (RS) quase sempre ocorrem no centro de Santa Maria. Neste domingo, o incêndio que causou a morte de 242 pessoas, no dia 27 de janeiro, foi lembrado com uma mateada na região oeste da cidade.

A inciativa foi de integrantes da unidade da Estratégia de Saúde da Família (ESF) da Vila Caramelo. Na tarde deste domingo, familiares de vítimas da tragédia e moradores da comunidade participaram de um evento que teve apresentações artísticas, brincadeiras com as crianças e distribuição de brindes, além de água quente e erva-mate para o chimarrão.

A Vila Caramelo também se tornou o cenário de uma ação que já se tornou costumeira a cada dia 27: o “minuto de barulho”, quando as vítimas da tragédia são homenageadas com palmas, badalar de sinos de igreja e buzinas de veículos. No evento deste domingo, o ato foi feito duas vezes.

Como o sol estava muito forte, o pessoal da Associação dos Familiares de Vítimas e Sobreviventes da Tragédia de Santa Maria (AVTSM) pediu aos organizadores do evento para que o “minuto do barulho” fosse antecipado das 18h para as 17h. E assim foi feito, quando cerca de 30 familiares subiram ao palco para fazer barulho, ao lado de uma banda gauchesca que se apresentava no local.

Às 18h, como alguns familiares chegaram depois, o ato foi repetido, com direito a uma oração puxada pelo presidente da AVTSM, Adherbal Ferreira. “Nos sentimos muito acolhidos aqui (na Vila Caramelo). É importante sairmos um pouco do Centro e irmos para os bairros de Santa Maria”, comentou Adherbal.

Aurea Viegas Flores, que mora na Vila Caramelo, contou que nunca esperava essa iniciativa da comunidade. Ela é mãe de Luiz Eduardo Viegas Flores, que morreu na tragédia aos 24 anos. Aurea usou o microfone para convidar todos a visitarem a casa dela. “Hoje me senti abraçada”, disse. 

À noite, ainda foi realizada uma missa na Catedral Metropolitana de Santa Maria em alusão aos nove meses da tragédia.” 

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Um Comentário

  1. Grande Dudu! Será eterno em nossos corações.. tenho certeza que ai de cima está vendo a mãe corajosa e determinada que tens, assim como os teus demais familiares. Nós, teus amigos, sentimos muito tua falta carinha e sabemos que um dia nos encontraremos novamente!

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