OBSERVATÓRIO. Plano Diretor de Mobilidade Urbana deve funcionar. Isso se o gestor o colocar em prática
Já vão fechar duas semanas que o Plano Diretor de Mobilidade Urbana foi apresentado a um grupo de autoridades, vereadores inclusive, empresários também, no salão nobre do Palacete da SUCV. Depois disso, houve mais uma audiência pública – não há mais o que mudar, na proposta, apenas foi, portanto, uma nova exposição.
Há quem reclame não ter havido discussão. E que o PMDU virá de cima para baixo, e deverá assim ser tratado, na Câmara de Vereadores, que deverá chancela-lo, ao que tudo indica, pois que vai virar lei, de alguma maneira.
Observatório não tem convicção acerca da aprovação da proposta, de resto bastante conhecida e que privilegia, na região central, o pedestre e, no conjunto da cidade, o transporte público, em detrimento do individual. Lá, no parlamento, diferente das outras reuniões mais amplas, os lobistas (e isso não é no sentido pejorativo, creia) podem agir de forma mais direta e os jogos de interesse (que existem, sim) são feitos com um número menor de pessoas. Então, não se sabe como terminará tudo isso.
No entanto, dizer que não houve debate é uma injustiça, na avaliação deste colunista. Afinal, foi um punhado de audiências públicas e outro tanto de reuniões setoriais. E até uma pesquisa de campo, pelo menos. Logo, discussão e debate houve. E, portanto, não será pela falta disso que o Plano será melhor ou pior.
Um fato, porém, é inquestionável. Para além da necessidade legal (sem PMDU, recursos públicos federais para o setor ficarão trancados) há uma obviedade: a cidade precisa ter um planejamento, por mínimo que seja. E o Plano é a baliza. Resta ver se será cumprido num prazo minimamente razoável. E o gestor público terá que mostrar, enfim, se administra meeesmo para o todo, desconsiderando as inevitáveis pressões individualizadas. Mas aí, bem, aí já é outra luta. A ser travada ao seu tempo.
Concordo co GEF pela idéia da Cancela. Basta ver na frente do Elagancia Feminina, na sinaleira, mesmoquando tem viatura da brigada as pessoas atravessam da Pontelli até a Gang, nauseando as duas faixas de segurança.
Tem que mudar alguns fluxos… Acho que teremos um estrangulamento na Riachuelo – André Marques… Aquela curvinha no Morotin….
Hmmm… vamos ter que ter um gestor antes de mais nada, então. Vamos escolher um gestor para Santa Maria?
Consenso é difícil hoje em dia. Prioridade para o pedestre no centro, por exemplo. Fechar tudo com calcadão é discutível. Encher de floreiras nem pensar. Os bombeiros precisam ter acesso. Lojistas precisam receber mercadorias. Mais fácil fechar com algum tipo de cancela durante certos horários. Mais rápido de realizar e mais barato. Nem que seja para fazer um teste.