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OBSERVATÓRIO. Confira a íntegra da coluna deste sábado. Então, Schirmer inicia o segundo mandato?

ATENÇÃO: os textos abaixo são os originais. Eles podem ter sofrido modificações na hora da edição, na redação.

NOTA DO EDITOR: A Observatório deste sábado, exceção feita às seções “Não custa lembrar” e “Isso é história”, é integralmente uma produção do colega José Mauro Batista do Nascimento, substituto do editor nas últimas duas semanas, na coluna.

Confira, a seguir:

 

O SEGUNDO MANDATO COMEÇA AGORA?

Após pouco mais de três semanas em férias, o prefeito Cezar Schirmer (PMDB) reassume o comando do Executivo Municipal. E seu retorno ocorre em meio a uma polêmica queda de braço entre a prefeitura e a Corsan em torno de uma verba de R$ 119 milhões, montante que seria aplicado em obras de esgoto na cidade. Não é de hoje que prefeitura e Corsan andam se estranhando. A leitura de Schirmer e aliados é que o governo do Estado estaria tentando forçar uma renovação antecipada da concessão de serviços da estatal no município, previsto para encerrar em 2016, coincidentemente ano de eleição municipal e da escolha do sucessor de Schirmer.

A briga com a Corsan e a solução do conflito (nada bom para Santa Maria), no entanto, são apenas parte dos desafios que Schirmer tem pela frente em 2014. O ano, na verdade, está começando para o prefeito e mais ainda pela comunidade, que aguarda o cumprimento de promessas que não foram colocadas em prática. Seu retorno é cercado de expectativas tanto por parte dos governistas como da oposição. As especulações sobre uma possível renúncia não se confirmaram, o que indica que o peemedebista tem a intenção de cumprir todo o seu mandato, que encerra em 31 de dezembro de 2016.

Até lá muita água pode rolar, mas a impressão é que o segundo mandato, que deveria, de fato, ter iniciado no ano passado, será começado agora. A tragédia de 27 de janeiro do ano passado paralisou Schirmer e seu governo. E o resultado foi um ano sem grandes avanços. À exceção de algumas questões pontuais, como obras de infraestrutura (a conclusão da Hélvio Basso e a retomada da Perimetral Dom Ivo), a vinda da Azul e dos voos para Porto Alegre e a inauguração do Tecnoparque no apagar das luzes de 2013, pouca coisa se viu, concretamente analisando.

A reforma administrativa, idealizada para dar mais gás à máquina pública, ainda engatinha, do ponto de vista prático. O certo é que os próximos três meses serão cruciais para os planos da dupla Schirmer/Farret, às voltas, mais uma vez, com a vacância na Secretaria de Saúde (pelo menos até o fechamento da coluna não havia novidade acerca do novo titular da pasta). Sem dúvida, mais um grande desafio, já que a saúde é a menina dos olhos de qualquer administração que se preze. Por fim, a cidade ainda aguarda os investimentos que Schirmer tanto falou em buscar para desenvolver Santa Maria, já que, por enquanto, só a KMW veio para cá.

 

EXPLORAÇÃO DE IDOSO Chegou ao conhecimento do Conselho Municipal do Idoso um fato curioso e que, possivelmente,chegará também às autoridades policiais. A questão é a seguinte: uma idosa, que pede dinheiro no Centro da cidade, estaria repassando tudo o que ganha a familiares que a levam para o ponto onde ela mendiga. A mulher já não teria nem forças para caminhar.

 

A ELEIÇÃO EM QUE SANTA MARIA PERDEU DOIS DEPUTADOS

Em 1994, o Coração do Rio Grande sentiu na pele o que é a concorrência por votos na cidade. No pleito daquele ano, menos de mil votos tiraram duas cadeiras da cidade na Assembleia Legislativa. Evandro Behr, que havia sido prefeito, deixou de ser deputado estadual por cerca de 400 votos. E o então vereador Vicente Paulo Bisogno igualmente não foi para a Assembleia Legislativa por cerca de 200 votos. Os dois ficaram na suplência, mas nunca assumiram.

Enquanto isso, na mesma eleição, Maria do Carmo Bueno e Sérgio Zambiasi levaram um caminhão de votos dos santa-marienses, que acabaram ajudando a eleger dois parlamentares de fora ao mesmo tempo em que deixaram de eleger dois deputados da cidade.

A reflexão vale para as eleições deste ano. Santa Maria terá um bom número de pretendentes a cadeiras na Assembleia Legislativa e na Câmara dos Deputados. E caberá ao eleitor avaliar e decidir se os nossos candidatos merecem o seu voto. O que deve ser levado em conta é que quanto maior a representação de uma cidade maior será seu poder de interlocução para resolver problemas e trazer verbas.

Outro ponto a ser considerado é que é bem mais difícil cobrar um deputado de outra região, já compromissado com sua base eleitoral maior. E as emendas que muitos “forasteiros” fazem em nome de Santa Maria são difíceis de executar. É só ver a dificuldade que a Prefeitura tem para executar emendas de menos de um milhão de reais. Os pequenos valores mais atrapalham que ajudam. Licitações para obras acabam desertas e o município sempre tem que complementar a “cortesia” dos deputados.

 

A SEÇÃO LUNETA

* Luiz Augusto Lara deverá ser um dos companheiros de dobradinha do médico e vereador Ovídio Mayer. Dr. Ovídio deverá concorrer a deputado federal. Lara tentará se reeleger deputado estadual. O PTB deverá ter outros concorrentes a estadual e federal chegando por aqui

*Ainda em se tratando de PTB, uma fonte do partido diz que a sigla respeita as posições da vereadora Deili Granville Silva. Ela se tornou dissidente no final do ano passado ao integrar a chapa vitoriosa à Mesa Diretora da Câmara. Ovídio ficou com o bloco governista. Só para lembrar, o PTB é governo na cidade

* Marcelo Bisogno deverá decidir entre fevereiro e março qual cargo vai disputar nas eleições deste ano, pelo PDT. Se a decisão fosse hoje, Marcelo concorreria à Assembleia Legislativa.

* O cálculo dos pedetistas de Santa Maria é o seguinte: para se eleger deputado federal, Marcelo teria de fazer pelo menos 50 mil votos. Já para deputado estadual, 30 mil votos.

*Não há confirmação de que Duda Barin assumirá o comando do PDT municipal em um revezamento acordado com Miguel Passini, que sairia em abril para coordenar a campanha de Bisogno a deputado.

*A decisão de quem coordenará a campanha do vereador pedetista no pleito deste ano deverá ser anunciada na mesma data em que ele definir se concorre à Câmara dos Deputados ou à Assembleia.

*O que já está praticamente certo é que Vicente Paulo Bisogno, pai de Marcelo, será o coordenador regional da campanha de Lasier Martins ao Senado. Vicente, que já foi vereador e candidato a deputado e a vice-prefeito, chegou a se desfiliar do PDT. Hoje, faz parte do diretório local

* Retorno do prefeito Cezar Schirmer (PMDB) ao comando do Executivo começa em um momento conturbado pela queda de braço entre Prefeitura e Corsan (leia mais no texto de abertura)

 

 

ISSO É HISTÓRIA!

Certeza: morte de Borges do Canto. A dúvida: como?

 “Julho (começos) de 1804 – José Borges do Canto, um dos heróis da Conquista das Missões, em 1801, é aprisionado em combate pelos castelhanos, na região de Quaraí, e morto por um soldado inimigo, quando procurava fugir.

Segundo outra versão, talvez a correta, foi miseravelmente degolado pelos castelhanos, juntamente com outros prisioneiros, tendo o mesmo destino de um seu companheiro de gloriosa jornada, o tem. Antônio dos Santos Pedroso, irmão de Maneco Pedroso e natural da região de Santa Maria, degolado em Corrientes, Argentina, depois de haver sido gravemente ferido e aprisionado no combate de Curuzú-Cuatiá, perto de Paso de Los Libres, em 19.9.1811.”

(Da terceira edição do livro “Cronologia Histórica de Santa Maria e do extinto município de São Martinho”, de Romeu Beltrão)

 

NÃO CUSTA LEMBRAR

A chance de prévia no PT gaúcho, agora, é zero

Em 19 de janeiro de 2002:

 “…Segundo todos os indícios, o PT somente não escolherá seu candidato a governador através de uma prévia se, e somente se, Tarso Genro desistir. Olívio Dutra não se afastará do processo – mesmo que eventual pesquisa indique maiores chances para Tarso. Assim, não restará aos petistas outra alternativa que não enfrentar a ampla consulta interna.

Isso posto, cabe analisar as correntes internas do PT. Quem conhece minimamente as coisas petistas afirma, sem medo de errar, que são elas que vão definir a parada…”

Hoje:

A época era outra. E o resultado posterior, também. Então, Tarso e Olívio acabaram se digladiando pela candidatura, com uma fratura interna que somente seria resolvida anos depois. O resultado foi a vitória de Tarso na prévia e a derrota na eleição.

E agora? Mesmo na hipótese (na qual o editor desacredita) de Tarso Genro desistir de concorrer, o partido não fará prévias. Mas algo não mudará: a composição das tendências será a definidora na eventual necessidade de escolha de um outro nome que não o do atual governador.

 

 

 

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6 Comentários

  1. Tava na hora Sr. Schirmer, pois a cidade esta abandonada, ruas esburacadas, saúde um desastre devolvendo recursos, transito sem fiscalização, entre outras inercias

  2. Se a amnésia e o descomprometimento com a realidade não assolarem muito os eleitores, o Marcelo Bisogno não se elege nem síndico de prédio de 2 andares.

  3. se eu fosse o Marcelo bisogno disputaria para deputado estadual,e para conseguir se eleger tem que virar oposição a este desgoverno schirmer do queal ainda faz parte,caso contrario nada feito.

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