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FASCISMO. “Se bandido bom é bandido morto”, é muito fácil de adivinhar o resto, analisa Atílio Alencar

“…Numa estranha inversão de papeis, ou pelo menos numa relativização bastante parcial, os justiceiros estavam excluídos de qualquer estigma ou condenação, por parte dos que se dizem ‘cidadãos de bem’.

Pois não sabem esses bondosos cidadãos, mas deveriam saber, que ao incitar o ódio também estão ferindo a lei que dizem querer garantir.

Ora, o respaldo à violência de um editorial da grande mídia – isso para ficar apenas no exemplo mais extremo – obedece, não sejamos ingênuos, uma lógica bastante condicionada pela aceitação pública, ao mesmo tempo que busca incidir sobre o imaginário coletivo. E é assustador constatar que nosso passado recente, marcado por um período obscuro em que o próprio Estado cumpria as vezes de terrorista, promovendo sequestros e estabelecendo a tortura, a extorsão e o desaparecimento de pessoas como procedimentos de rotina, não seja um exemplo suficientemente didático para evitarmos qualquer retorno à lógica da barbárie.

É preciso lembrar que a ditadura militar que se impôs ao Brasil também contava com o apoio de uma significativa parcela da população, que foi seduzida por um discurso que vendia o regime totalitário como única solução para um medo inventado pelos próprios artífices do golpe…”

CLIQUE AQUI para ler a íntegra de “O olho por olho só gera cegueira”, de Atílio Alencar. Graduado em História pela Universidade Federal de Santa Maria, atualmente trabalha com gerenciamento de mídias sociais e colabora com veículos de comunicação livre. Suas opiniões e críticas exclusivas estão disponíveis neste sítio todas as quartas-feiras

 

 

 

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2 Comentários

  1. em quanto as penas forem brandas, liberdade apos cumprir parte da pena, justiça lenta, falta de cadeia para os bandidos, fronteira abertas para o trafico de drogas e armas, só nos resta a concordar com a frase.
    pois do jeito que esta é nos que estamos presos em casa

  2. Concordo plenamente com suas palavras, me espantei ao perceber que um grande número da população apóia a ação dos justiceiros. Num país que sofreu e ainda sofre com os reflexos duma ditadura, já deveria ter aprendido que a lei da Babilônia não é condizente à nossa realidade.
    Para aqueles que não se convenceram com exemplo das ditaduras latinas, certamente uma rápida revisão dos anos de 1939-1945, sejam mais que sufucientes para convencer que o ódio não é a melhor solução .

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