OBSERVATÓRIO. Relações da prefeitura e da cidade com o exterior, de miss Kong à KMW, quanta diferença

O texto já sumiu faz bastante tempo, do site da Prefeitura. Mas foi reproduzido, à época, na página do colunista, onde continua disponível. Trata-se do maior mico do prefeito Cezar Schirmer, nos seus quase cinco anos e meio à frente do Executivo. Se trata da “nomeação”, com pompa, circunstância e foto, de uma senhora de traços orientais como a representante de Santa Maria no planeta.
A linhas tantas, o prefeito declarou, em 6 de outubro de 2009: “em nome da Prefeitura de Santa Maria, eu declaro que a empresária chinesa SIMMY KONG tornou-se uma representante comercial da cidade para o período 2009 – 2012, com o fim específico e exclusivo de ajudar as autoridades locais a trazer novos investimentos para a Cidade, e, através destes indicadores, criar novos empregos e oportunidades.”
Como se sabe, ninguém mais ouviu falar dessa senhora. Inclusive porque, se naquele período nada, rigorosamente nada aconteceu, Schirmer consegue, sem nenhuma embaixadora, colher resultados muito melhores.
A chegada de empresários da Polônia, do Canadá e de Singapura, apenas para citar os mais recentes, estabelece nova condição na, digamos, política externa do governo. Menos pantomima, mais trabalho e resultados. Os quais, é bom que se diga, decorrem da grande conquista industrial da cidade, pelo seu potencial estratégico. No caso, a instalação, aqui, da alemã KMW, gigante do setor de defesa e, objetivamente, a grande alavanca do Polo que Santa Maria se dispõe a ser.
Há quem objete, e é legítimo, que se trata de indústria “de guerra”. Pode ser. Talvez seja. Quem sabe é. Porém, do ponto de vista econômico, é irretorquível a utilização estratégica da presença da KMW para alavancar o setor secundário, com renda e emprego dentro da lei e portanto, em tempos de paz, beneficiando a comunidade de Santa Maria. Ou não?
O desgoverno King Kong já demonstrou nenhum pudor em ser mortífero mesmo.