O VOTO. A maioridade da urna eletrônica. Que, aliás, estava nos planos da justiça eleitoral já nos anos 30
Você até pode escolher a data e o evento. Por exemplo, 1994. Naquele ano, o Tribunal Superior Eleitoral, presidido pelo ministro Sepúlveda Pertence, realizou pela primeira vez o processamento eletrônico do resultado das eleições gerais daquele ano.
Mas também é possível voltar muito mais tempo. No primeiro Código Eleitoral, de 1932, já se previa o “uso das máquinas de votar, regulado oportunamente pelo Tribunal Superior (Eleitoral)”.
Em todo caso, objetivamente, o uso da urna eletrônica, meeeesmo, está fazendo 18 anos agora, em 2014, como mostra excelente material histórico produzido pela assessoria de imprensa do TSE, com foto de seu arquivo. Vale acompanhar, a seguir:
“Conheça a história da urna eletrônica brasileira, que completa 18 anos
Nas Eleições Gerais de 2014, a urna eletrônica brasileira completará 18 anos. No dia 5 de outubro, os mais de 141 milhões de eleitores participarão da maior eleição informatizada do país e do mundo, quando cerca de 530 mil urnas estarão disponíveis para votação. Desenvolvida pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para garantir ainda mais segurança e transparência ao processo eleitoral – eliminando a intervenção humana dos procedimentos de apuração e totalização dos resultados –, ao longo destas quase duas décadas, a máquina informatizada de votar continua sendo símbolo de credibilidade e de democracia.
Esse nível de informatização do sistema eleitoral foi alcançado gradualmente, sempre passando pelo crivo da segurança e da garantia do sigilo do voto, acompanhando a evolução tecnológica mundial. Entretanto, a criação de um aparelho mecanizado para coletar votos é um desejo antigo no país. O primeiro Código Eleitoral, de 1932, previa em seu artigo 57 o “uso das máquinas de votar, regulado oportunamente pelo Tribunal Superior (Eleitoral)”, devendo ser assegurado o sigilo do voto.
Na década de 1990, a urna eletrônica tornou-se uma realidade, mas antes disso a Justiça Eleitoral já investia na sua informatização.
Como tudo começou
O pontapé inicial para a criação do sistema informatizado de votação foi dado com a consolidação do cadastro único e automatizado de eleitores. Isso começou em 1985 e foi finalizado em 1986, na gestão do ministro do TSE Néri da Silveira, quando o Brasil contava com cerca de 70 milhões de eleitores. Antes, não havia um registro nacional, o que abria espaço para fraudes no cadastro…”
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