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ANÁLISE. Há os que miram no Palacete da SUCV. E os que terão que se contentar em ser só coadjuvantes

Para o Palacete da SUCV, das urnas deste domingo, só saíram três candidaturas possíveis
Para o Palacete da SUCV, das urnas deste domingo, só saíram três candidaturas possíveis

Você poderá dizer: é cedo, muito cedo. E não deixará de ter razão. Mas isso é para os mortais comuns, jamais para os políticos. Estes têm seu próprio calendário, que não é medido em anos, senão que, às vezes, até em décadas. Assim, falar no que acontecerá em 2016 é quase a mesma coisa, exagerando, que tratar de algo que virá na próxima semana. Ou está na esquina, bem pertinho.

Dito isto, é fato que já faz um tempão você lê por aqui assertivas acerca da disputa municipal. Que, inclusive, poderá receber elemento novo: a possibilidade concreta de não se decidir num turno único, como até aqui. Dito isto, é importante “ver” o pleito geral da última domingueira, e tentar extrair dele o que virá mais adiante. Inclusive porque se trata de algo já visto, falado, discutido e em alguns casos quem sabe até acordado, entre os que virão a ser protagonistas ou coadjuvantes.

A eleição parlamentar e o desempenho dos candidatos poderia balizar quem tem café no bule ou apenas será a borra a ser servida ali adiante. As urnas de 2014, obviamente, não indicam quem vencerá, longe disso. Mas açularam apetites em alguns e indicaram dieta rigorosa a outros.

Dentre o que se viu, o editor ousa fazer algumas afirmações. Se serão confirmadas mais tarde (mas não muito), veremos. Mas são feitas com base nos números vindos das urnas e nas vontades já expressas ou deixadas subentendidas. Assim…

1) Jorge Pozzobom, bem mais que em 2012, será o nome da chamada centro-direita. Fez mais votos do que, talvez, ele próprio imaginava conseguir e saiu consagrado das urnas, com um novo mandato de deputado. Quer ser, embora não vai dizer isso agora, e será candidato. Vai tentar formar uma aliança que reúna o PP, pelo menos, reeditando a dobradinha estadual deste ano e torcendo para que Aécio Neves vire Presidente. Seria o cenário perfeito para se consolidar ocmo concorrente ao Palacete da SUCV.

2) Valdeci Oliveira consolida-se como o nome preferencial do PT para concorrer. Fabiano Pereira gostaria de ser, mas ficará sem mandato e depende ainda da reeleição de Tarso Genro ou Dilma Rousseff para ter alguma chance de virar deputado. Paulo Pimenta, dono da maioria do Diretório, não disse publicamente, mas também fecharia com o ex-prefeito. Depende basicamente dele mesmo.

3) Werner Rempel, que por pouco não se tornou deputado (na aliança com os comunistas do B), já declarou que vai concorrer. Seria melhor se tivesse obtido desempenho mais palatável nas urnas deste domingo, mas isso não é impeditivo para sua pretensão. Resta ver quem vai apoiá-lo, além do seu minúsculo PPL. Há quem imagine seja possível até ser apoiado pelo PMDB, que por longo tempo frequentou. Mas isso, hoje, seria improvável. Hoje.

4) O peemedebismo não tem ninguém em casa, viável, em condições de defender o governo de Cezar Schirmer e, de inhapa, tentar uma vitória hoje tida como, no mínimo, muito improvável. Não é por outra razão que busca “nome novo”. Empresário, talvez. Sem filiação partidária no momento. Conseguirá? Se não, a hipótese Werner não seria descartada, uma vez que a aliança com o PP seria mais do mesmo, sussurram no Palacete.

5) O PP, sem a possibilidade de ter José Farret como candidato, pois se encontraria inelegível, ficou literalmente a pé. Pode sonhar em ser vice de alguém, e Pozzobom seria o caminho mais óbvio, mas não necessariamente certo.

6) O PDT de Marcelo Bisogno tem só o próprio. Falta-lhe militância e substância para tentar voar mais alto. Ser vice pode ser a saída. Não faltará quem queira, inclusive pela importância histórica do pedetismo/brizolismo. E é o papel que lhe caberá, no máximo. Mas conta com o capital de votos de Bisogno para colocar na mesa de negociações. Não é pouco.

7) Todos os demais, mas todos meeeesmo, gravitarão em torno de Pozzobom, Valdeci (ou outro nome do PT) e Werner. Serão coadjuvantes. Nada além. Quem diz isso? Ora, o eleitor que foi domingo às 600 seções eleitorais de Santa Maria.

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2 Comentários

  1. acho que vc esta apostando demais no Jorge Pozzobom, entra no site da assembléia e assiste o que ele fez em 4 anos, não vi nada.

  2. Valdeci, Pozzobon e Werner. Desses três sairá o novo prefeito de Santa Maria. Que bom que os vices escolhidos fossem nomes técnicos e não pinduricalhos consoladores para quem foi reprovado nas urnas.

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