OBSERVATÓRIO. Segundo turno e a tese antipetista

Dados oficiais do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), relativos a dezembro, apontam Santa Maria com exatos 200.162 cidadãos aptos a votar. Isso, objetivamente, significa que a comuna está, por ninharia, mas está, no seleto grupo que, no pleito para prefeito, se um candidato não obtiver 50% mais um dos votos válidos (todos, menos brancos, nulos e abstenção), haverá uma segunda rodada entre os dois mais votados, para apurar-se o vencedor.

Inclusive porque falta troco, se dá como praticamente certo que a boca do monte não será incluída entre os municípios nos quais haverá o recadastramento dos eleitores, para que a votação se dê pelo método biométrico. Vai daí que, a menos que sobrevenha algum fator alheio ao bestunto de todos, neste momento, a cidade se manterá com um eleitorado acima de 200 mil aptos a votar em 2016.

Pois é exatamente esse o cenário que norteia as estratégias dos partidos visando a próxima eleição. Isto é, a possibilidade de um segundo turno baliza as pré-articulações e análises internas das agremiações. Os protagonistas (por razões numéricas ou lideranças individualmente competitivas) são apenas cinco. A saber, em ordem alfabética: PDT, PMDB, PP, PSDB, PT. Todos os demais serão acessórios – o que não quer dizer desimportantes; afinal, alguns mais, outros menos, têm militância e/ou (se nada mudar na legislação) tempo disponível na propaganda eleitoral no rádio e na televisão.

Do quinteto principal, todos, menos o PT, apostam na possibilidade de um segundo turno e que, neste, seriam favoritos – se o adversário fosse exatamente o petismo. É uma tese que nem sempre se confirmou nas urnas (vide vitória de Tarso Genro, ainda no primeiro turno, em 2010), mas é a que defendem, tão abertamente quanto a boa educação permite, 10 entre 10 militantes graúdos dos outros quatro partidos.