Antissocial, eu? – por Luciana Manica

Motivada por uma curiosidade acima da média, despi-me diante de um computador com a maior tecnologia do mundo. Raio-x ficou no chinelo perto do que ali foi registrado. Entreguei-me como nunca, e o resultado foi surpreendente.

Calma! Não virei escritora de “romance pornô”. Nem sei se existe este gênero, rsrsrs. Explico. Acredito que as pessoas que realmente se conhecem são mais felizes, permitem-se mais, compreendem-se mais, assumem seus defeitos e falhas, enfrentam-nas se assim desejarem e realmente conquistam melhoras, graduais, claro. Mas, de fato, realizam-se com suas metas atingidas.

Vejamos eu, a bolinha da vez. As pessoas que me conhecem sabem que não sou a mais paciente do mundo. Já as que acham que me conhecem acreditam que sou muito racional, isenta de emoções, ou ainda o sargento travestido de mulher com algumas mechas (naturais) e pele (dourada).

Daí que vem a importância de realmente saber quem você é, “por você, pra você e … pra você aí, leitor(a), enquanto empresário(a)”. Hein?! Explico de novo! Aposto!!! Depois que você ver o meu teste vai querer me contratar. Será?! Brincadeiras a parte, uma empresa pode precisar dos mais variados talentos, perfis, o que é imprescindível para se selecionar uma pessoa dentre várias no recrutamento, além de permitir a realização de gestão de desempenho, plano de sucessão e programa de recompensa em uma companhia.

Dito de outro modo, uma boa empresa precisa de diversas pessoas (com diferentes perfis) e são elas a chave do negócio. Um empreendedor verá seu negócio ter alta performance se ele contratar o empregado que possua os conhecimentos, habilidades e, principalmente, os comportamentos necessários para exercer determinado cargo.

Aí, para saber as qualidades que a pessoa “X” precisa para preencher a função “x”, entra o sábio americano Marston na história. Ele desenvolveu a metodologia DISC (dinâmica, influência, estabilidade e conformidade) para explicar as respostas emocionais das pessoas. Foi para ele que me despi! O criador de Análise de Perfil Comportamental, atualmente presente em mais de 60 países, utilizado por milhões de pessoas e empresas.

Esse software traz uma análise descritiva completa da pessoa quanto ao seu comportamento, características que se destacam (e as que não se destacam), como ela se motiva, comunica-se, toma decisão, planeja-se e se organiza, gerencia ou é gerenciada.

E mais, esse sistema permite identificar talentos da equipe, facilitando a avaliação e o gerenciamento das mesmas, permitindo a construção de estratégias para atração de novos profissionais e a identificação de pontos fortes no grupo, favorecendo resultados de alta performance. Mas não é só isso, a pessoa que trabalha a favor do seu talento, é mais feliz. Ela não fará esforços todo santo dia para ter que aguentar uma postura que não lhe é natural.

Para a minha surpresa sou “antissocial”. Pensei, justo eu? Sim, Luciana, atualmente teu esporte predileto é a corrida! Tentei consertar: “- Mas já fiz jazz, futebol feminino, gafieira, basquete!!” E ainda tive a petulância de retrucar: “- E não corro com ninguém porque não há quem aguente o tranco!”.

Tentei me enganar mais uma vez: “- Mas eu agrego as pessoas, convido a do samba para o futebol, grupos de infância para a confraria, amigos para reuniões de trabalho.” Não adianta, me dei por convencida que uma pessoa que viaja desde os 17 anos sozinha, por mais que conheça pessoas pelas andanças se toca ao mundo sem qualquer companhia.

Depois de encarar e não negar, fui ler o glossário do teste. Afinal, o meu grau de sociabilidade parecia distorcido da “minha realidade”. Criei coragem e eis uma das conclusões: “Luciana tende a ter uma visão mais objetiva e pragmática do que subjetiva e pessoal dos fatos e utilizará como principal critério de sua tomada de decisão a eficiência e a eficácia no alcance de objetivos e conclusão de tarefas”. Ahhhhhhhhh, quer saber? Amei ser antissocial!