OBSERVATÓRIO. Farret confirma sua pré-candidatura

Por JOSÉ MAURO BATISTA

Para quem achava que era apenas uma especulação ou vontade de um ou outro partidário, a pré-candidatura do médico José Haidar Farret (PP) à Prefeitura de Santa Maria em 2016 ganhou ares de ser real no início desta semana. Em entrevista ao jornal A Razão na tarde de domingo, na véspera de assumir como prefeito em exercício, o vice de Cezar Schirmer (PMDB) admitiu sem rodeios que é, sim, pré-candidato a prefeito. Pelo menos no momento. Isso porque ele só vai decidir meeesmo (olha aí uma expressão do titular da coluna) no final deste ano.

Às vésperas de completar 74 anos, Farret foi enfático: “Ainda tenho idade e saúde (para concorrer)”. Diante da disposição em concorrer ao seu terceiro mandato como prefeito da Boca do Monte, José Farret confirma o que uns queriam ouvir e que outros não gostariam. Sim, a entrada do atual vice na corrida sucessória de Schirmer redesenha um cenário político-eleitoral diferente para 2016.

Até então, o que se ouvia eram dois nomes: Jorge Pozzobom (`PSDB), deputado estadual reeleito com a maior votação da cidade em outubro passado, e Valdeci Oliveira (PT), ex-prefeito e também deputado estadual reeleito. O PDT, que há horas fala em entrar no páreo, vinha plantando a semente da pré-candidatura do vereador Marcelo Bisogno. Porém, a possibilidade (e o sonho) de atrair para as suas fileiras o petista Fabiano Pereira, ex-deputado estadual, redesenha o cenário interno do trabalhismo local. Se Fabiano for mesmo para o PDT, o que terá de ocorrer até um ano antes da eleição de outubro do ano que vem, restará a Bisogno a vaga de vice. Afora esses, correriam por fora Werner Rempel, vereador do PPL; e Moacir da Rosa Alves, atual adjunto da Coordenadoria Regional de Saúde e filiado ao PSD.

É evidente que tudo isso, por enquanto, faz parte de um conjunto de especulações, eis que as articulações para 2016 ainda estão engatinhando. Mas de forma alguma dá para desconsiderar as declarações de Farret e, também, suas andanças por aí (leia ao lado, na Luneta), o que indica que há uma movimentação “de rua” de parte do atual vice-prefeito. E que ela não tem necessariamente a ver com o trabalho no Executivo Municipal.

Por fim, isso pode mudar? Pode. O quadro está completamente indefinido, mas com eleições em dois turnos, uma possibilidade real, é bem provável que os partidos lancem seus candidatos próprios no primeiro turno e se aliem no segundo.