OBSERVATÓRIO. A grande incógnita dominical, os 6 mil interessados e a contradição do partido dos tucanos
O editor não sabe muito bem o que faz ali no convite expedido via Feicebuqui, o brasão de Santa Maria, utilizado nos documentos oficiais da Prefeitura. Desconfia que seja apenas uma apropriação indébita, na medida que o município não promove o evento, que este é responsabilidade de um grupo que se autointitula “Brasil Livre”.
Mas isso é, talvez, o de menos. Ou um mero pormenor. Como também é a convocação de ato para um domingo em que a maioria normalmente para, e propor que o “Brasil vai parar” – o que já é tema para publicitários e marqueteiros.
O que interessa, aqui, são outras duas coisas. Uma é a expectativa gerada em relação a quantos comparecerão ao ato que, como você vê na imagem ao lado, também encontrada na mesma página da rede social, começa às 2 da tarde. No Feicebuqui são 6.110. O que quer dizer muito. Ou nada – na medida que inclui, bem se sabe, os que apoiam mas não irão, porque não podem ou não querem ir para o “front”.
Então, o colunista tem dúvidas. E uma incógnita. Que, imagina-se, também esteja na cabeça dos organizadores, por mais que tenham se esforçado na mobilização, que incluiu venda de camisetas e até a participação que virou polêmica no Forum das Entidades Empresariais. Aliás, um parêntese: a ida ao FEE permitiu ao menos que Santa Maria soubesse quem, na comuna, está à frente do ato. No caso, o empresário Paulo Brandt e um grupo de estudantes que faz parte do “Clube Farroupilha”, de ligação ideológico-cultural com uma instituição norte-americana, como o sítio INFORMOU na última quarta-feira. Fechar parêntese.
A outra questão é o movimento contraditório do PSDB. O partido, por suas lideranças mais importantes, inclusive o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e o candidato derrotado em 2014, Aécio Neves, diz não defender o impeachment. Não há condições, afirmam e escrevem os notáveis, e não se pode querer dar a entender o que a alguns parece óbvio: que o partido está nessa apenas porque perdeu, mais uma vez, para um candidato petista.
No entanto, na última semana, resolveu aderir à manifestação dominical que, como se vê nas ilustrações desta página, mais que “lutar contra a corrupção”, pedem o “impeachment já”. O PSDB tem que se definir: o que quer, afinal de contas? Defender o impedimento da Presidente de frente, ou tergiversar, passando a impressão (ao colunista, clara) de oportunismo: se der certo, “tamojunto”. Se der errado, “nós não apoiávamos”.
Atenção: esse tipo de comportamento pode não ser notado no primeiro momento, mas num segundo haverá sempre quem se lembre. Afinal, o PSDB é ou não é?
LUNETA
O colunista entrou em pelo menos dez páginas online, inclusive as mais importantes, que chamam a manifestação deste domingo.
É impressionante: em nenhuma delas, mas em nenhuma delas, meeeeesmo, há um só negro nas ilustrações publicitárias do evento.
A população negra brasileira, segundo o último censo, é de 43%. Isto é, são quase 90 milhões de brasileiros – desconhecidos na propaganda pró-impeachment. Deve ser uma coincidência.
Há uma grande curiosidade para saber quem, além dos políticos do PSDB, que já garantiram apoio, estarão na Praça Saldanha Marinho a partir das 2 da tarde.
Já se sabe de pelo menos três (os quem o colunista conversou ou leu a respeito) que estarão nos desfiles de carnaval, na Avenida Liberdade.
Sérgio Cechin, que se recupera bem de um problema grave de saúde e está lépido e fagueiro, confessava ao colunista sua alegria por ser abre-alas da Vila Brasil.
Na mesma escola também participaria sua colega de partido, Sandra Rebelato, que foi para as ruas mostrar a alegria do carnaval.
O terceiro (se há outros, perdoam o escriba, não muito dado às lides carnavalescas) é, obviamente, Marcelo Bisogno, que até presidente de Escola de Samba (Barão do Itararé) foi.
E volta a curiosidade: quantos políticos com mandato, a exceção provável de Jorge Pozzobom, estarão marchando pelo impeachmente neste domingo, em Santa Maria? Tcham-tcham-tcham!
* Muito provavelmente, é palpite claudemiriano, também se farão presentes os vereadores tucanos e Tavores Fernandes, do DEM, que até pediu (furtivamente) pelo golpe, outro dia, na tribuna da Câmara. Mais alguém?
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Recem completou 2 longos anos, de um crime hediondo com 242 vitimas.
No qual a PMSM esteve envolvida.
Agora empresta o" Brasão do município, para manifestar pelo impthimant…
O "perigo è a comunidade, trocar as inteções, do mesmo, de nível.
Federal para municipal
Isso é uso da máquina pública. Antes de procurarem outros assuntos para querer desviar o foco, expliquem primeiro as 241 mortes em Santa Maria!
Marina na certa essa gente que esta chamando o golpe nunca trabalhou e não sabe que domingo todos estão parados.
Quero saber, porque o Brasão da Prefeitura de Santa Maria, está sendo usado, neste cartaz que faz o chamado para o Golpismo do dia 15? Pode?
O chamado é : dia 15 o Brasil vai parar. Parar o que? É Domingo…pelo que me parece,tudo é parado.
Uma perguntinha: o Editor estará lá ?????? TCHAM….TCHAM…..TCHAM……???????
Este pessoal não tem muito senso de humor, mas é muito engraçado. A CIA está organizando as manifestações em Santa Maria. Efeagá DECRETOU a corrupção na Petrobrás. Gabrielli vai ao Congresso e diz que não viu nada e não sabia de nada, impossível detectar. Cinco minutos depois fala que não era institucionalizado, que era coisa de alguns funcionários. Como sabia se não detectou?
Desespero é tão grande (sem razão diga-se de passagem) que a luta de classes não basta. Agora fomentam a divisão racial do país.
Quem está indignado virou golpista agora! Legal.
É pura provocação esse comentário sobre negros. Outra coisa, não é golpe e sim um ato democrático querendo tirar corruptos e incompetentes do poder.
olha não tem negro querendo golpe ,porque quem organiza essa maqnifestação golpista é uma elite branca de classe média -alta e com alguns desavisados no meio por isso,,,as peças publicitárias visam ao segmento golpista de brancos e ricos.
Paulo Brandt = ananá?